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‘Decidi não tomar mais a vacina’, diz Bolsonaro sobre imunização contra Covid-19

Chefe do Executivo sempre negou a gravidade da pandemia que matou milhares de brasileiros.

 

Na contramão dos principais líderes mundiais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (13) que não vai tomar a vacina contra Covid-19, doença que já tirou a vida de 600 mil brasileiros.

 

“Eu decidi não tomar mais a vacina . A minha imunização está lá em cima. Para que vou tomar a vacina? Seria mesma coisa de você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”, afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan. O presidente também criticou o passaporte da vacina, exigido em vários municípios brasileiros. “Exigir a vacina, eu não posso concordar. Para mim, liberdade acima de tudo”, disse na entrevista. O Brasil atingiu nessa terça-feira (12) a 601.398 mortes por Covid-19 . No total, 21.590.097 casos já foram confirmados no país. Ainda há 3.132 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. O número de pessoas recuperadas totalizou 20.720.496. Ainda há 268.203 casos em acompanhamento. O ranking de estados com mais mortes pela Covid-19 é liderado por São Paulo (150.826), Rio de Janeiro (67.204) e Minas Gerais (55.012). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.841), Amapá (1.986) e Roraima (2.006 ). Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 4,3 milhões de casos. Minas Gerais, com 2,1 milhões, e Paraná, com 1,5 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 87,9 mil, seguido por Amapá (123,1 mil) e Roraima (126,2 mil). Bolsonaro sempre minimizou a pandemia de Covid-19, questionou medidas para combater a doença, colocou dúvida sobre a segurança das vacinas e promoveu remédios ineficazes contra a doença. No Senado, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) investiga as "omissões" do presidente, diagnosticado com Covid-19 em julho de 2020, diante da tragédia.

Confira algumas de suas frases:

Vírus "superdimensionado" "Está superdimensionado o poder destruidor desse vírus. Talvez esteja sendo potencializado até por questões econômicas"Em 9 de março de 2020, quando o Brasil registrava 25 casos, sem nenhuma morte.

‘Histeria’ "Olha, a economia estava indo bem… Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, mas estão tomando medidas que vão prejudicar muito a nossa economia". 17 de março de 2020, dia seguinte à primeira morte no país.

‘Gripezinha’ "Para 90% da população, isso vai ser uma gripezinha ou nada". Em 27 de março de 2020, com menos de 100 mortos.

‘Começando a ir embora’ "Parece que está começando a ir embora essa questão do vírus".

12 de abril de 2020, com 1,2 mil mortos. ‘E daí?’ "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre". Em 28 de abril de 2020, em referência a seu sobrenome, quando havia quase 5 mil mortos.

‘País de maricas’ "Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas".

10 de novembro de 2020, com 163 mil mortos. ‘Se você virar um jacaré’ "Se você virar um jacaré, é problema seu. Se você virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher aí, ou algum homem começar a falar fino, eles (Pfizer) não têm nada a ver com isso".

18 de dezembro de 2020, sobre possíveis efeitos colaterais das vacinas, com 185 mil mortos. Máscaras ‘prejudiciais’ "Começam a aparecer estudos aqui sobre o uso de máscara, que, num primeiro momento aqui, uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças e levam em conta vários itens aqui como irritabilidade, dor de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizado, vertigem, fadiga".

Em 25 de fevereiro de 2021, com 250 mil mortos. Pandemia ‘usada politicamente’ "Não vamos chorar o leite derramado. Estamos passando ainda por uma pandemia, que em parte é usada politicamente não para derrotar o vírus, mas para tentar derrubar o presidente".

7 de abril de 2021, com 340 mil mortos. Hidroxicloroquina e máscaras Fui acometido do vírus e tomei a hidroxicloroquina. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado que procurou remédio para esse mal. Não vou esmorecer, sou cabeça dura, sou perseverante". "Acabei de conversar com um tal de Queiroga. Não sei se vocês sabem quem é. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscaras por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar este símbolo segurando uma máscara descartável na mão que tem a sua utilidade para quem está infectado".

Ambas falas do dia 11 de junho de 2021, com 484 mil mortos. Tratamento precoce e vacinas caras "A indústria farmacêutica não se preocupa com remédios que são baratíssimos, se preocupa com vacinas, que são caras. Sempre defendemos o tratamento precoce após ouvir médicos". 15 de junho de 2021, em entrevista à SIC TV, afiliada da RecordTV em Rondônia.

 

 

 

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