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Estudo indica que terceira dose de vacina da Pfizer tem eficácia de 96,5% contra Covid

Vários governos já aplicam dose de reforço, mas OMS cobra melhor distribuição de vacinas.

Farmacêutica afirma que vai encaminhar pedido de autorização para dose de reforço (Christof Stache/AFP)

 

 

Um estudo de fase 3 indicou que a terceira dose da vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech é 95,6% eficaz na proteção contra o coronavírus, informaram as duas empresas nesta quinta-feira, com base em resultados preliminares. Os testes contaram com 30 mil participantes que já haviam completado o ciclo vacinal do imunizante. Parte deles recebeu 30mg de uma dose de reforço e o restante, um placebo, em um intervalo de aproximadamente 11 meses após a injeção anterior. Não houve eventos adversos severos, de acordo com o ensaio.

A média de idade dos participantes foi de 53 anos. O teste ocorreu quando a "variante Delta era a principal cepa" circulando durante o período. "Estes resultados demonstram mais uma vez a utilidade dos reforços em nosso esforço para proteger a população contra esta doença", destacou Albert Bourla, CEO da Pfizer, citado no comunicado. Os dados ainda serão revisados por especialistas antes de serem publicados em revista médica. As farmacêuticas afirmam que pretendem submetê-los à Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outros reguladores "o mais breve possível".

"Além de nossos esforços para aumentar o acesso global e a aceitação entre os não vacinados, acreditamos que as doses de reforço têm um papel crítico a desempenhar no enfrentamento da ameaça contínua à saúde pública desta pandemia", disse o CEO da PFizer, Albert Bourla. Os resultados são divulgados em um momento em que vários governos já começam a aprovar a aplicação de novas doses das vacinas, mesmo sem a conclusão das pesquisas. Nos EUA, a FDA concedeu autorização a doses de reforços dos profiláticos de Moderna, Johnson & Johnson e da própria Pfizer para pessoas com mais de 65 anos ou de 18 a 64 anos com alto risco de contrair o caso grave da doença.

Nos Estados Unidos, especialistas da Agência de Medicamentos e Alimentos (FDA) recomendam uma terceira dose da Pfizer/BioNTech desde o fim de setembro para determinadas pessoas de grupos de risco, como as que tem mais de 65 anos. "Os dados disponíveis sugerem uma redução da imunidade em alguns setores da população completamente vacinados", justificou recentemente a atual diretora da FDA, Janet Woodcock. Na Europa, a Agência de Medicamentos (EMA) aprovou no início de outubro uma dose de reforço da vacina Pfizer/BioNTech para pessoas com mais de 18 anos, mas deixando para os Estados membros que definam a maneira mais precisa de aplicação entre a população. A França, por exemplo, começou a aplicar a dose de reforço entre pessoas com mais de 65 anos (seis meses após a segunda dose) e imunossuprimidos.

Outros governos foram mais longe: em Israel a terceira dose está disponível a partir dos 12 anos, cinco meses após a vacinação. A questão da terceira dose, no entanto, recordou o problema das desigualdades entre países ricos e pobres, enquanto o acesso à primeira dose da vacina continua sendo muito limitado em algumas regiões do mundo, particularmente na África, sobretudo porque duas doses também protegem de maneira muito eficaz contra formas graves da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado apelo aos países para que priorizem a vacinação global antes de começarem a reforçar a imunização de quem já está vacinado.

Parceria

A gigante farmacêutica suíça Novartis assinou um novo acordo com o laboratório alemão BioNTech, parceiro do americano Pfizer, sobre o acondicionamento de sua vacina contra a Covid-19. Com este acordo, pelo menos 24 milhões de doses de sua vacina baseada na técnica de RNA mensageiro serão embaladas em 2022, disse o grupo suíço em um comunicado, sem divulgar detalhes financeiros. Esse acordo preliminar, que ainda será confirmado, prevê a transferência das operações de acondicionamento de sua fábrica em Stein, no norte da Suíça, para sua unidade em Ljubljana, na Eslovênia, durante o primeiro semestre de 2022. No final de janeiro deste ano, a Novartis já havia firmado um acordo com a BioNTech para colocar a vacina em frascos em sua fábrica de Stein.

 

 

AFP/Agência Estado/Dom Total///