PGR é considerado um aliado do presidente Bolsonaro, um dos indiciados pela comissão.
Trabalho de seis meses da CPI envolvendo autoridades está nas mãos de Aras (Antonio/ABr)
Após senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid entregarem o relatório final que acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de crimes na pandemia da Covid-19, em mãos, ao procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta quarta-feira (26), o PGR afirmou que, com as informações coletadas pelo colegiado, irá avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa do foro nos tribunais superiores. Em mensagem compartilhada pelo Twitter oficial do Ministério Público Federal (MPF), Aras destacou o papel da CPI e reconheceu que o colegiado "já produziu resultados", desde denúncias e ações penais até afastamento de autoridades e investigações ainda em andamento.
"Agora, com essas novas informações poderemos avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa do foro nos tribunais superiores", disse ele na mensagem. Nesta manhã, senadores se encontraram com Aras em audiência fechada por cerca de 30 minutos. Após o encontro, os parlamentares seguiram para entregar uma cópia do parecer final ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O relatório final da CPI foi aprovado na terça-feira (27) por 7 votos a 4 e o parecer encaminha um total de 80 indiciamentos. As investigações agora dependerão da Procuradoria-Geral da República (PGR), no caso dos crimes comuns, e da Câmara, nos casos de crimes de responsabilidade. O parecer do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), pede o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes. Caso Aras engavete as acusações contra Bolsonaro, a cúpula da CPI da Covid traçou uma estratégia jurídica para levar o presidente a julgamento diretamente no STF.
Agência Estado/dom total///