247 – Em meio ao anúncio de um novo reajuste nos preços dos combustíveis, lideranças dos caminhoneiros reafirmaram a realização de uma greve no dia 1º de novembro.
"A orientação é que, se o governo não sinalizar nada até o dia 31, no dia 1º vamos amanhecer de braços cruzados. A categoria deliberou isso", afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, em entrevista ao Uol. Sobre o novo reajuste dos combustíveis, ele diz que a categoria não esperava um percentual tão alto e que a mobilização é uma questão de sobrevivência da categoria. O custo do diesel subiu em 9,1% e passará de R$ 3,06 para R$ 3,34, uma alta de R$ 0,28 por litro.
Em outra entrevista, Chorão diz que a situação de hoje é “muito pior” que a de 2018, quando a categoria paralisou o país com uma greve nacional que durou 10 dias, impactando no abastecimento de alimentos e no abastecimento de combustíveis. “Caminhoneiro de direita, de esquerda, do centro: não tem ninguém satisfeito. Ficou muito claro para nós que o pessoal do governo não tem intenção nenhuma de mexer na política de preços dos combustíveis.
O governo vai ter que escolher: ou os acionistas ou a classe trabalhadora”, enfatizou. Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), disse que a mobilização para o dia 1º segue "firme e forte". "O governo a cada dia dá mais motivo para ficar em descrédito com seus apoiadores. Vai ser um movimento nacional. Estamos chamando para parar o país de norte a sul e de leste a oeste", disse.