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Marina diz que Bolsonaro incentiva crime ambiental

Foto: Alexandre Schneider/VEJA

 

Marina Silva (Rede) lamentou o desmatamento recorde na Amazônia no ano passado, que chegou a 10.362 quilômetros quadrados, o maior dos últimos dez anos, segundo dados do Imazon. A área devastada é equivalente a metade do estado de Sergipe. A destruição de terra nativa em 2021 foi 29% maior do que a registrada em 2020, ano que já havia sido recorde, segundo o monitoramento do instituto feito com imagens de satélite. Apesar do lamento, Marina disse não se surpreender, dado que é evidente que o governo de Jair Bolsonaro tem postura contra a proteção da Amazônia e em favor de grupos de interesse econômico na região, como garimpeiros e setores do agronegócio.

“A agenda [da preservação] foi completamente abandonada e o desmatamento está fora de controle. Não tem como não ser diferente na realidade deste governo”, disse a ex-presidenciável e ex-ministra do Meio Ambiente. Marina considerou como “confissão de culpa” a fala de Jair Bolsonaro no início da semana em um evento do Banco do Brasil sobre crédito rural que reuniu representantes do agronegócio. O presidente comemorou na ocasião a redução de 80% do volume de multas do Ibama. Para a ex-ministra, a queda não se deve ao menor número de crimes ambientais no período, pelo contrário. Ela ocorre pelo desmantelamento e pela cooptação dos órgãos de fiscalização. “Temos aí uma perversa combinação de um governo que tem como política não ter política ambiental, que empodera aqueles que cometem crimes contra o meio ambiente e que estimula a prevaricação e a omissão dos agentes públicos na proteção da nossa floresta”, disse Marina ao Radar.

 

 

 

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