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Lula diz que vai mudar política de preços da Petrobras

Candidato, que lidera as pesquisas, diz que 40% da inflação é causada por áreas que o governo poderia controlar.

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira que, se eleito, vai acabar com o Preço de Paridade de Importação (PPI), política adotada pela Petrobras a partir do Governo Michel Temer (MDB) apontada como responsável pela disparada do preço dos combustíveis.

“Eu não posso enriquecer o acionista americano e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e pagar mais caro por conta do preço da gasolina”, disse o candidato a presidente, que lidera as pesquisas, em entrevista à Rede de Rádios Paraná. Só em 2021, os dividendos pagos pela Petrobras à União somam R$ 27,1 bilhões, afirmou o presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna. A União detém 28,67% das ações. Como os investidores estrangeiros controlam 43,06% do capital, a fatia de dividendos pagos a eles no ano passado somou R$ 40,7 bilhões. As ações da empresa na Bolsa brasileira caíram 1,07% nesta quinta-feira.

Lula lembrou que cerca de 40% da inflação é causada por áreas que o governo poderia regular. Mas, segundo o ex-presidente, Bolsonaro prefere desmontar a infraestrutura elétrica e a indústria de óleo e gás e deixar a conta de luz nas alturas e dolarizar o preço dos combustíveis. Segundo levantamento do Dieese/FUP, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2022, houve aumento de 116% na gasolina nas refinarias; de 95,5% no diesel; e de 100,1% do GLP (gás de cozinha). A inflação acumulada nesses três anos foi de 20%, segundo o IPCA, enquanto o salário mínimo foi reajustado em 21,4% no mesmo período. Lula ressaltou o caráter social de uma empresa estatal. “Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil têm o direito de receber dividendos quando a Petrobras der lucro. Mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro”, disse.

 

 

 

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