Lula.
Créditos: Foto: Ricardo Stuckert
Por Ivan Longo Escrito en POLÍTICA em 14/2/2022 · 19:31 hs
Documento, que ainda será lançado oficialmente, reúne assinaturas de empresários, advogados e artistas em apoio a Lula já no primeiro turno das eleições deste ano. A partir de iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), empresários, advogados, artistas e políticos criaram, de forma suprapartidária, o "Movimento Pelo Brasil", que visa reunir uma rede de apoios à candidatura de Lula (PT) à presidência já no primeiro turno das eleições deste ano. O grupo redigiu um manifesto, divulgado nesta segunda-feira (14) pela jornalista Mônica Bergamo, no qual afirma que "mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável".
O movimento será lançado de forma oficial no dia 15 de março com um evento em São Paulo (SP). "Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva", prossegue o documento, assinado por algumas figuras próximas ao PT, como o advogado Marco Aurélio Carvalho e o cantor e compositor Chico Buarque, e principalmente nomes não petistas, como os de Milton Seligman, ex-ministro do governo FHC, do advogado e ex-deputado federal Maurício Rands, que deixou o PT em 2012, e da empresária Rosangela Lyra, que fazia parte do movimento antipetista Vem Pra Rua. O ex-senador Cristovam Buarque, que há anos é rompido com o PT, também consta, entre outros, como signatário.
"Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022", diz outro trecho do manifesto. O sindicalista Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), também assina o documento. O apoio de Patah e Randolfe a Lula sinaliza uma aproximação maior do ex-presidente com a Rede e com o PSD, abrindo caminho para um apoio de Marina Silva e Gilberto Kassab ao petista já no primeiro turno. Pesquisas divulgadas pelo Ipespe e pela Quaest na última semana mostram que Lula segue com ampla vantagem sobre seus opositores. No Ipespe, Lula tem entre 43% e 44% no primeiro turno e vence com facilidade todos no segundo turno. Já na Quaest, Lula lidera com percentual variando entre 45% e 47%, o que possibilita uma vitória em primeiro turno de acordo com os votos válidos.
Leia abaixo a íntegra do manifesto pró-Lula e confira os signatários
Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável. Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva. Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022. Ao mesmo tempo, os acertos de seus dois governos e a disposição em construir uma frente ampla programática nos passam a confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil. É Lula no primeiro turno para tirar o Brasil do descalabro que nos encontramos e os brasileiros do abismo profundo que fomos jogados.
Movimento Pelo Brasil
Alder Teixeira – escritor e Professor (Universidade Estadual do Ceará)
Antônio Carlos de Almeida Castro – KAKAY – advogado
Armando Raggio – médico, pesquisador em saúde pública
Arnaldo Santos – jornalista e cientista político Auto Filho – professor da Universidade Estadual do Ceará.
Benicio Viero Schmidt – sociólogo, professor da UnB
Bernardo Ricupero – professor da USP
Boris Fausto – Historiador Carol Proner – professora de Direitos Humanos Celina Roitman – microbiologista e pesquisadora em saúde pública
Chico Buarque – compositor e escritor
Christian Lynch, – professor e cientista político
Cristina Inoue – professora na Universidade Radboud (Holanda)
Cristovam Buarque
Dinamam Tuxá – liderança e advogado indígena.
Evandro Pertence – advogado
Fernanda Sobral – socióloga, professora emérita da UnB
Francisco José Teixeira – professor da Universidade Regional do Cariri – Ceará Gabriela Gastal Guto Gomes – Ativista Socioambiental
Hélio Doyle – jornalista.
Helio Jose – ex-senador Hussein Kalout – Professor de da Universidade Harvard Iara Pietricovsky – Antropóloga, Codiretora da Associação Brasileira de ONGs – Abong Isaac Roitman – Professor e membro titular da Academia Brasileira de Ciência
Lia Zanotta, – antropóloga , professora da UnB
Luiz Cruz Lima – professor da Universidade Estadual do Ceará
Luiz Eduardo Soares – antropólogo e escritor José Eli da Veiga – professor da USP
Magno Lavigne – presidente licenciado da UGT Bahia
Marcelo Carvalho – presidente da UGT BA
Márcio Santili – ex-deputado federal constituinte
Marcos Woortmann – cientista político
Marco Aurélio de Carvalho – coordenador do Grupo Prerrogativas
Maurício Rands – advogado e professor de direito
Mauro Dutra – empresário
Milton Seligman – ex-ministro da Justiça
Moises Balestro – professor da UnB Nathaly Beghin – economista
Paulo Dalla Nora Macedo – vice-presidente do Política Viva
Pedro Ivo Batista – Ambientalista e coordenador da Associação Alternativa Terrazul Philip Yang, – urbanista, fundador do URBEM
Randolfe Rodrigues
Ricardo Abramovay – professor da USP
Ricardo Patah, – advogado, administrador de empresas, presidente do sindicato dos comerciarios de São Paulo e da UGT Nacional
Roberto de Figueiredo Caldas – advogado
Romi Bencke, – Pastora de orientação luterana.
Rosangela Lyra, presidente e fundadora do Política Viva
Sepúlveda Pertence – jurista
Tito Barros Leal – professor da Universidade Regional do Vale do Acaraú, Ceará
Úrsula Vidal – secretária de Cultura do Pará
Wellington Almeida – cientista político
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