Órgão diz que há também médicos que dizem que não atendem mais pelo plano, mas que não estão desligados.
A dificuldade de marcação de consultas que algumas pessoas enfrentam pelo plano do Instituto de Previdência do Estado (IPE-Saúde) pode ser explicada pelos quase cem médicos que se descredenciaram no último ano. E também por outro motivo: médicos dizem aos pacientes que não atendem mais pelo plano sem de fato estarem descredenciados. O órgão calcula cerca de 30 casos desse tipo.
A reportagem fez um teste e ligou para 10 médicos na tarde de quarta-feira e apenas um tinha consulta nesta semana, os demais eram para fevereiro e um dos médicos disse que estava descredenciado apesar de seu nome ainda aparecer na lista do site do IPE Saúde. Segundo o órgão, o site está atualizado e, assim que o médico se descredencia, ele desaparece no sistema.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o assessor da diretoria técnica do IPE Saúde, Luiz Carlos Alvim, disse que o plano só pode combater essa prática irregular mediante denúncia. "E muitos não fazem a denúncia com medo de não ser mais atendido", explicou nesta quinta-feira (22). No total, o plano conta cerca com 7,3 mil médicos. Os profissionais alegam que o descredenciamento é provocado pelos atrasos no pagamento. Mas números do IPE mostram que há mais médicos credenciados em 2014, do que descredenciados. Foram 260 novos médicos que integraram o plano contra 99 que deixaram.
A diretoria técnica assegura também que os pagamentos estão em dia e o próximo está previsto para o dia 26 deste mês, conforme o calendário normal. O que falta é assegurar a liberação de mais R$ 40 milhões para o que faltar, que estaria previsto no orçamento, conforme Alvim.
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