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Putin pede ao exército ucraniano que derrube Zelensky

Segundo o presidente russo, seria mais fácil negociar com os militares ucranianos do que com seu presidente, Volodymyr Zelensky

25 de fevereiro de 2022, 12:33 h

 

247 – Em discurso televisionado nesta sexta-feira (25), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu que o exército da Ucrânia se volte contra o presidente do país, Volodymyr Zelensky, e o tire do cargo. Segundo Putin, é "mais fácil" negociar com os militares do que com Zelensky.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, havia indicado que a queda de Zelensky é prioridade para os russos. Zelensky, que havia dito que se sentia abandonado pelos Estados Unidos e pela Otan, pode agora cair através das mãos dos próprios ucranianos.

Abandonado pelo Ocidente, Zelensky propõe formalmente diálogo a Putin.

"Vamos sentar à mesa de negociações para impedir as fatalidades humanas", afirmou o presidente ucraniano, dirigindo-se a Putin. 247 com RT – O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ofereceu nesta sexta-feira (24) um ramo de oliveira ao presidente russo, Vladimir Putin, propondo negociações para cessar a guerra, enquanto os combates continuam em todo o país e os confrontos se aproximam da capital, Kiev. Mais cedo, Zelensky se disse abandonado pelo Ocidente. "Quero me dirigir novamente ao presidente da Federação Russa. A luta continua por toda a Ucrânia. Vamos sentar à mesa de negociações para impedir as fatalidades humanas", disse Zelensky, após uma declaração do assessor do presidente ucraniano, Mikhail Podolyak, que afirmou que o governo "sempre deixa espaço para negociações", apesar de uma "invasão em grande escala" pelas tropas russas.

Mais cedo, Podolyak havia declarado que "se as negociações forem possíveis, elas devem ser realizadas", deixando claro que Zelensky e seu governo estavam dispostos a discutir "status de neutralidade" caso Moscou exigisse. Juntamente com a oferta de negociações com a Rússia, a Ucrânia deu um golpe em países europeus que Zelensky sentiu que não mostraram prontidão "para lutar" com seu país e "ver a Ucrânia na Otan". Respondendo à oferta do presidente ucraniano, o Kremlin observou que era um passo positivo que as autoridades russas considerariam, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, levantou preocupações de que Zelensky não estivesse sendo honesto sobre a disposição de considerar o status de neutralidade.

A declaração vem depois que os combates continuaram durante a noite entre as forças ucranianas e russas depois que Putin ordenou que tropas avançassem com o objetivo expresso de buscar "desmilitarizar" as forças armadas de Zelensky. Membros da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Otan condenaram as ações da Rússia como um ataque "não provocado", impondo sanções ao país em retaliação.