Riscos representados pela proliferação nuclear, mudança climática e pela pandemia foram exacerbados este ano.
O relógio do apocalipse simboliza a iminência de um cataclismo planetário (AFP)
O relógio do apocalipse, que simboliza a iminência de um cataclismo planetário, se manteve a 100 segundos da badalada final, sem observar qualquer melhora desde este recorde estabelecido em 2020. Os riscos representados pela proliferação nuclear, mudança climática e pela pandemia foram exacerbados este ano por "um ecossistema de informação disfuncional que prejudica a tomada de decisões racional", afirma a ONG que, desde a Guerra Fria, faz essa alegoria da nossa exposição a perigos globais. "Estamos presos em um momento perigoso, que não traz nem estabilidade nem segurança", disse a acadêmica Sharon Squassoni, uma das editoras do Boletim de Cientistas Atômicos, que administra este relógio.
Também chamado de relógio do fim do mundo, este indicador metafórico foi criado em 1947 devido ao crescente perigo nuclear e ao aumento das tensões entre os dois blocos. Desde então, os membros dessa organização com sede em Chicago ampliaram os critérios para incluir, este ano, "a covid-19, a proliferação nuclear, a crise climática, as campanhas estatais de desinformação e as tecnologias disruptivas". "O relógio do fim do mundo continua flutuando sobre nossas cabeças, nos lembrando do trabalho necessário para garantir um planeta mais seguro e saudável", disse a presidente da organização, Rachel Bronson.
AFP/dom total///