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EUA acusam Coreia do Norte de testar novo sistema de mísseis intercontinentais

Pyongyang, por sua vez, garantiu que os lançamentos realizados no final de fevereiro e no início de março eram testes para o desenvolvimento de satélites.

 

Sul-coreanos assistem ao noticiário na televisão, que mostra imagens de arquivo de testes de mísseis norte-coreanos em uma estação de trem em Seul, em 5 de março de 2022 (Jung Yeon-je/AFP)

 

 

Os lançamentos realizados pela Coreia do Norte em 26 de fevereiro e 4 de março tinham como objetivo testar "elementos de um novo sistema" de mísseis balísticos intercontinentais, disse nesta quinta-feira (10) um alto funcionário da Casa Branca, que classificou as manobras de "grave escalada". "Estes lançamentos buscam certamente testar os elementos desse novo sistema antes que a Coreia do Norte proceda para um lançamento de longo alcance, que poderia tentar mascarar como se fosse um lançamento espacial", acrescentou a fonte. Pyongyang, por sua vez, garantiu que os lançamentos realizados no final de fevereiro e no início de março eram testes para o desenvolvimento de satélites.

Em resposta, os Estados Unidos anunciarão na sexta-feira medidas para "impedir que a Coreia do Norte tenha acesso a produtos e tecnologias estrangeiras para desenvolver seus programas de armas proibidas" e "outras ações serão tomadas nos próximos dias", afirmou a fonte, que pediu anonimato. "Os Estados Unidos decidiram tornar pública esta informação e compartilhá-la com nossos aliados e parceiros porque priorizamos a redução de riscos estratégicos e porque acreditamos firmemente que a comunidade internacional deve falar de forma uníssona para se opor ao desenvolvimento futuro dessas armas por parte da Coreia do Norte." "Seguimos buscando o diálogo diplomático e estamos dispostos a um encontro sem condições" com os norte-coreanos, acrescentou a fonte. Washington e seus aliados fracassaram ao tentar a aprovação de um texto esta semana no Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, que foi rejeitado por Rússia e China.

Apesar de ser alvo de fortes sanções internacionais por seus testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, Pyongyang recusou até agora todas as ofertas de diálogo desde que as negociações em 2019 entre o líder Kim Jong Un e então presidente americano, Donald Trump, fracassaram. A Coreia do Norte intensificou a modernização de seu exército e advertiu em janeiro que poderia suspender a moratória que impôs a si mesma sobre testes de mísseis de longo alcance e armas nucleares. O anúncio de Washington ocorre depois da vitória nas eleições presidenciais da Coreia do Sul de Yoon Suk-yeol, que já manifestou a intenção de mostrar firmeza diante de seu vizinho do Norte. Além disso, o novo presidente da República da Coreia, a quem Joe Biden telefonou nesta quinta-feira para parabenizá-lo, prometeu "ensinar algumas maneiras" a Kim Jong Un.

 

 

 

AFP/dom total///