Pesquisa indica que Bolsonaro é quem herda maior percentual de votos deixados pelo ex-ministro Moro
Fotos: Divulgação
Na primeira pesquisa de intenções de votos divulgada após a saída, ao menos temporária, do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) da corrida presidencial, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cresce quatro pontos percentuais, atingindo 30%, mas ainda permanece atrás do ex-presidente Lula (PT), que lidera com 44%. Divulgada nesta quarta-feira (6), a pesquisa XP/Ipespe indica que Bolsonaro herda a maior parte dos votos do ex-ministro, que tinha 9% de intenção de votos no levantamento anterior do instituto, divulgado em 25 de março. Na ocasião, o ex-presidente Lula liderava com 44% das intenções de votos e Bolsonaro aparecia com 26%. Moro tinha 9%, Ciro (PDT), 7%, Doria (PSDB), 2%, Simone Tebet (MDB), 1%, André Janones (Avante), 1%, Felipe D’Ávila (Novo), 1%, e Eduardo Leite (PSDB), 1%.
Sergio Moro anunciou na última quinta-feira (31) a sua troca de partido, do Podemos ao União Brasil. Nas redes sociais, ele disse estar abrindo mão de disputar a presidência no momento. No dia seguinte, divulgou nova mensagem afirmando que não tinha desistido da disputado em definitivo. A sua candidatura, contudo, não foi oficializada pelo novo partido. Sem Moro, na pesquisa divulgada hoje, Ciro chega a 9%, Doria a 3%, Tebet a 2%. Janones permaneceu com 1%, D’Ávila não pontuou e Leite, que não é candidato oficialmente, não esteve entre os nomes apresentados. A novidade na pesquisa foi o nome de José Maria Eymael (DC), mas ele também não pontuou. Os votos brancos ou nulos chegaram a 9% e os indecisos a 3%. No levantamento anterior, brancos ou nulos eram 7% e indecisos 2%. Na disputa pelo segundo turno, Lula tem 53% e Bolsonaro 33%, com 14% dos entrevistados dizendo que vão votar branco/nulo ou permanecem indecisos. No levantamento anterior, Lula tinha 54% e Bolsonaro 31%.
Contudo, os percentuais da pesquisa divulgada hoje são os mesmos apurados pela XP/Ipespe no levantamento divulgado em 11 de março, o que indica que as oscilações estão ocorrendo dentro da margem de erro, que é de 3,2 pontos percentuais. O levantamento foi realizado pelo Instituto Ipespe entre os dias 2 e 5 de abril, com o financiamento da XP Investimentos.
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