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CNT: 25% podem mudar voto para evitar ou garantir segundo turno

No voto espontâneo, Lula tem 33,4% e Bolsonaro, 27,3%; com voto estimulado, petista tem 40,6% contra 32,0% do atual presidente.

 

Realizada com 2.002 pessoas entre os últimos dias 4 e 7 de maio, a 152ª Pesquisa CNT de Opinião mostra a avaliação do governo e o desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro. Também traz as intenções de voto dos entrevistados para presidente da República em 2022, além da opinião sobre a possibilidade de mudar de voto para evitar ou garantir que haja segundo turno. Realizado em todo o país, o levantamento ainda indica a expectativa da população para a situação do país em relação a emprego, renda, educação, saúde e segurança. A margem de erro é de 2,2; o nível de confiança, 95,6%; e o número do registro no TSE: BR-05757|2022.

Quando o assunto é o governo Jair Bolsonaro, a avaliação positiva (ótimo+bom) é de 30,4%; regular, 25,2%; e negativa (ruim+péssimo), de 43,6%. Não souberam opinar ou não responderam: 0,8%. Sobre a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro em relação aos governos anteriores: 34% disseram estar melhor; 19,0%, continua de forma semelhante; e 45,3% disseram estar pior. Quando o assunto é a avaliação da área da saúde no atual governo em relação ao que era esperado no início do mandato: 31,4% disseram melhor do que esperavam; 59,6%, pior do que esperavam; e 9,0% não souberam ou não responderam. Sobre a avaliação da área da segurança no atual governo em relação ao que era esperado no início do mandato: melhor do que esperava, 34,2%; pior do que esperava, 56,9%; e não sabe/não respondeu, 8,9%. Sobre avaliação do combate à corrupção no atual governo em relação ao que era esperado no início do mandato: 40,5% disseram melhor do que esperava; 50,6%, pior do que esperava; e 8,9% não souberam ou não responderam.

Quando o tema é educação, a avaliação da área no atual governo em relação ao que era esperado no início do mandato, 32,3% disseram melhor do que esperavam; 55,5%, pior do que esperavam; e 12,2% não souberam ou não responderam. Sobre meio ambiente em relação ao que era esperado no início do mandato, 26,5% disseram estar melhor do que esperava; 59,5, pior; e 14,0% não souberam ou não responderam. A avaliação do emprego e renda no atual governo em relação ao que era esperado n o início do mandato: 25,5% disseram melhor do que esperava; 68,1%, pior do que esperava; 6,4%, não souberam ou não responderam. Sobre a avaliação do benefício aos mais pobres no atual governo em relação ao que era esperado no início do mandato: 39,3% disseram “melhor do que esperava”; 53,0%, “pior do que esperava”; 7,7%, “não sabe/não respondeu”. Sobre o desempenho pessoal de Bolsonaro, 37,9% aprovam; 58,8% desaprovam; e 3,3% não souberam opinar ou não responderam.

Se as eleições fossem hoje, no caso de voto espontâneo, o ex-presidente Lula teria 33,4%; Jair Bolsonaro, 27,3%; Ciro Gomes, 3,8%; João Dória, 0,9%; André Janones, 0,5%; os demais somam 1,2%. Branco/nulo: 5,8% e indecisos somam 27,1%. Quando a pesquisa é de voto estimulado, Lula tem 40,6%; Bolsonaro, 32,0%; Ciro, 7,1%; Dória, 3,1%; André Janones, 2,5%; Simone Tebet, 2,3%; Felipe d’Avila, 0,3%; brancos e nulos somam 5,1%; e indecisos representam 7,0%. Sobre polarização, 45,7% consideram a eleição presidencial de 2022 mais polarizada que a de 2018; 11,6%, menos polarizada; e 34,2%, da mesma forma; 28,9% consideram a polarização benéfica ao país; 41,0%, consideram prejudicial; e 26,8% consideram indiferente.

Ainda sobre isso, 29,1% consideram pouco importante para o país o fortalecimento de um nome alternativo (terceira via); 32,3%, importante; e 30,6%, muito importante. Sobre potencial de voto, 28,2% disseram que votariam com certeza em Jair Bolsonaro se ele for candidato a presidente este ano; 15,4% disseram que poderiam votar nele. Por outro lado, 53,9% disseram que não votariam nele para presidente de jeito nenhum; 0,6% disseram não o conhecer; e 1,9% disseram não saber ou não responderam; além disso, 35,0% disseram que votariam com certeza em Lula se ele for candidato a presidente este ano; 18,6% disseram que poderiam votar nele. Por outro lado, 44,1% disseram que não votariam nele para presidente de jeito nenhum; 0,2% disseram não o conhecer; e 2,1% disseram não saber ou não responderam. Mais além: 4,3% disseram que votariam com certeza em Ciro Gomes se ele for candidato a presidente este ano; 39,5% disseram que poderiam votar nele.

Por outro lado, 48,2% disseram que não votariam nele para presidente de jeito nenhum; 5,2% disseram não o conhecer; e 2,8% disseram não saber ou não responderam. Além disso, 22,7% poderiam mudar o voto no primeiro turno para evitar ou garantir que ocorra segundo turno. 70,5% não mudariam e 6,8% não sabem ou não responderam. Dentre os que poderiam mudar, 28,4% poderiam mudar o voto no primeiro turno para facilitar que alguém, que não seja Jair Bolsonaro ou Lula, possa ir para o segundo turno. Dentre os que poderiam mudar, 13,4% poderiam mudar o voto para facilitar uma vitória em primeiro turno de Jair Bolsonaro; 25,7% poderiam mudar o voto para dificultar uma vitória em primeiro turno de Jair Bolsonaro. Dentre os que poderiam mudar, 21,5% poderiam mudar o voto para facilitar uma vitória em primeiro turno de Lula; 7,5% poderiam mudar o voto para dificultar uma vitória em primeiro turno de Lula.

Sobre o segundo turno, 50,8% votariam em Lula e 36,8%, em Jair Bolsonaro em caso de uma disputa no segundo turno entre os dois candidatos; 9,2% votariam em branco ou nulo para este cenário. Se o segundo turno fosse Ciro X Bolsonaro, 44,2% votariam no pedetista e 37,8% no atual presidente, em caso de uma disputa; e 14,6% votariam em branco ou nulo para este cenário. Os resultados da 152ª Pesquisa CNT/MDA apresentam indicativos de percepção de melhora da atuação do presidente Jair Bolsonaro, com registros de aumentos tanto da avaliação positiva de seu governo quanto de seu desempenho pessoal. As expectativas para os próximos seis meses no país permanecem mais positivas do que negativas para emprego, saúde, educação, renda mensal e segurança, porém com piora do otimismo se comparado ao último levantamento (fevereiro de 2022).

Os cenários de intenção de voto mostram vantagem para o ex-presidente Lula, que aparece à frente do presidente Jair Bolsonaro tanto na simulação para o primeiro turno, quanto para um eventual segundo turno. O atual presidente, contudo, apresenta aumento de suas intenções de voto no primeiro turno e também no confronto direto com Lula em relação a fevereiro. Embora os demais candidatos permaneçam estagnados com baixos percentuais, é importante ressaltar que a maioria dos entrevistados considera importante o fortalecimento de um nome alternativo aos pré-candidatos Jair Bolsonaro e Lula. Cerca de um quarto do eleitorado afirma poder mudar de voto para evitar ou garantir um segundo turno. A maioria é contra a manifestação política de líderes religiosos sugerindo em quem se deve votar. O acompanhamento das atividades realizadas pelos representantes do legislativo é baixo, assim como a lembrança em quem votou em 2018 para senador e deputados federal e estadual/distrital.

Os debates eleitorais podem influenciar na mudança de voto de cerca de um terço do eleitorado, e a maioria dos entrevistados pretende acompanhar sua realização. Os resultados mostram melhora dos índices de avaliação pessoal de Jair Bolsonaro e de seu governo, acompanhando o aumento de intenções de voto no presidente na comparação com o último levantamento. A confiança nas urnas eletrônicas é alta, assim como a percepção de importância dos debates na TV entre os candidatos. A polarização política é vista como maior em relação às eleições de 2018 e é avaliada como prejudicial ao país. O universo desta pesquisa compreende os eleitores do Brasil com idade a partir de 16 anos. Foram realizadas 2.002 entrevistas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança; checagem de 20% da amostra. A coletas foram feitas por telefone entre 4 e 7 de maio.

 

 

 

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