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Apoiadores do Festival de Cinema de Três Passos são destaque em premiação de curtas no 50º Festival de Gramado

Jonatas Rubert e Henrique Lahude mais uma vez receberam importantes premiações em um dos principais festivais de cinema do Brasil

Vencedores do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas, no 50º Festival de Cinema de Gramado (Foto: Divulgação)

Na noite deste domingo (14) foram conhecidos os filmes vencedores do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas, durante a programação do 50º Festival de Cinema de Gramado, na Serra Gaúcha. A premiação foi conduzida pelos apresentadores Marla Martins e Roger Lerina, no Palácio dos Festivais. E mais uma vez, dois personagens bastante próximos e ativos participantes e apoiadores do Festival de Cinema de Três Passos, estiveram em evidência: Henrique Lahude e Jonatas Rubert.

Ambos foram premiados e, mais uma vez, demonstraram a qualidade do trabalho que desenvolvem no setor audiovisual, trabalho esse que, nos últimos anos, ajudaram a compartilhar e fortalecer junto ao Festival de Cinema de Três Passos, participando de todas as edições do evento e também das três edições do Projeto Cidade Cinematográfica, promovido no município e engajando o setor educacional e cultural da rede pública de ensino.

Jonatas recebeu o prêmio de melhor direção e melhor roteiro, pelo filme “Diferença entre Mongóis e Mongoloides”. Já Henrique, em conjunto com Alix Georges, recebeu o prêmio de melhor produção executiva e menção honrosa pelo filme “Drapo A”.

Em contato com a reportagem da Rádio Tertúlia Web, Henrique Lahude destacou o tanto que o trabalho desenvolvido em Três Passos nos últimos anos têm colaborado com a realização de outros projetos: “O Cidade Cinematográfica é uma via de mão dupla. Como ensinando a gente aperfeiçoa o nosso trabalho. Sempre nos faz revisitar, escutar outros pontos de vista, nos faz conhecer novas referências”, afirma.

“O nosso trabalho também deve muito a Três Passos. Tanto no ambiente do festival como do Cidade Cinematográfica. Três Passos construiu esse espaço de produção cinematográfica local, de formação, de difusão através do festival e, assim como temos essa colaboração com o cinema daí, todo esse movimento que acontece em Três Passos com certeza atua totalmente dentro do nosso trabalho. É um agradecimento a todos esses contatos e essas pontes que foram feitas entre nós e vocês”, conclui Henrique.

Filme: Drapo A
Direção: Alix Georges e Henrique Lahude / 18’40”
Sinopse: A revolução haitiana de 1804 ecoa na pequena cidade de Encantado, interior do Rio Grande do Sul. Cantos ancestrais e da diáspora são evocados para enfrentar a colônia, seus representantes e suas leis.
Perfil dos diretores: Alix Georges e Henrique Lahude trabalham juntos em projetos audiovisuais desde 2017. Pesquisam e registram a diáspora haitiana no Rio Grande do Sul. Seu primeiro filme, Fè Mye Talè (2018), participou em mais de 15 festivais, mostras e congressos, recebendo prêmios de melhor direção e trilha sonora.

Fotografia do filme Drapo A (Foto: Divulgação)

Filme: A diferença entre mongóis e mongoloides
Direção: Jonatas Rubert / 04’41”
Sinopse: Alguns seres humanos nascem com um conjunto de características que chamam de síndrome de Down. Um disco voador, os dinossauros e as cegonhas nos ajudam a tentar entender qual a diferença de ter a síndrome ou não.
Perfil do diretor: Jonatas Rubert atua como montador e diretor desde 2010. Entre suas montagens estão as séries “Grandes Cenas” e “O Complexo”, e os longas “Portuñol”, melhor longa gaúcho do Festival de Gramado em 2020, e “Vai dar Nada”, original Paramount Plus lançado em 2022. Como diretor, destacam-se os curtas “Desejo”, que estreou no International Vampire Film Festival e “Escape”, ganhador de dois prêmios RBS no Festival de Gramado. Atualmente dedica-se ao desenvolvimento de “Uma em Mil”, seu primeiro longa como diretor.

Fotografia do filme A diferença entre mongóis e mongoloides (Foto: Divulgação)

Sinal de Alerta Lory F é o melhor filme na Mostra Gaúcha de Curtas
“Sinal de Alerta Lory F”, de Fredericco Restori, que levou às telas a história de uma das mais importantes figuras do underground musical gaúcho, a compositora e contrabaixista Lory Finocchiaro, foi escolhido como a melhor película de curtametragem do Prêmio Assembleia Legislativa — Mostra Gaúcha de Curtas, durante a 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado.

Restori montou seu mosaico – por vezes experimental, mas sempre carregado de poesia e sensibilidade -, a partir de imagens registradas em fitas de VHS, K7 e depoimentos de familiares e amigos da artista. O trabalho de Fredericco Restori e dos outros 16 realizadores dos curtas concorrentes foram exibidos ao público no sábado e domingo.

Além das categorias vencidas por Sinal de Alerta Lory F – filme e montagem -, estavam em disputa os prêmios de melhor ator, atriz, direção, roteiro, fotografia, direção de arte, trilha sonora, desenho de som, produção executiva, de crítica e menção honrosa. “A gente não sabe muito bem, a gente apenas imagina o quão foi difícil nesses últimos dois anos (de pandemia), principalmente para os profissionais que tiveram suas oportunidades de trabalho ceifadas, numa área (da cultura) que foi a primeira a parar e a última a retornar”, destacou o superintendente de Comunicação da Assembleia Legislativa, Tiago Machado.

“Apesar do parlamento ser uma casa política, do seu jeito e nas suas condições busca também ser uma casa de cultura, que mobiliza e impulsiona esse setor”, completou, destacando nesse rol os 30 anos do Sarau do Solar, iniciativa que durante todo ano apresenta shows musicais de artistas gaúchos, e o Prêmio Lila Ripoll de Poesia, que se encontra em sua 16ª edição.

Premiação dos curtas gaúchos, na noite deste domingo, em Gramado (Foto: Joaquim Moura / Assembleia Legislativa do RS)

Sirmar Antunes receberá tributo a partir de 2023
Ainda durante a apresentação inicial, Machado anunciou para a edição de 2023, dentro do Prêmio Assembleia Legislativa de curtas, o Troféu Sirmar Antunes, em homenagem ao ator falecido no último dia 6.

Presença constante no Festival de Gramado, seja como jurado ou ator, o Lanceiro Negro das Artes marcou profundamente a história do cinema e do teatro gaúchos em quase meio século de carreira. “É um dever nosso e acredito não haver palco mais apropriado para isso que este aqui”, afirmou.

Machado ainda fez questão de finalizar sua fala destacando que “a cultura e o cinema não podem jamais serem encarados como simples e meras despesas, pois cultura é investimento, é saúde, é vida, educação, diversidade, emprego e renda, é desenvolvimento. E é isso que temos que incutir nos corações e mentes”.

A partir de 2023 a premiação será agraciada com o Troféu Sirmar Antunes, em homenagem a um dos grandes artistas do RS (Foto: Joaquim Moura / Assembleia Legislativa do RS)

Confira a lista de vencedores do Prêmio Assembleia Legislativa — Mostra Gaúcha de Curtas:

Melhor filme: Sinal de Alerta Lory F
Melhor direção: Jonatas Rubert por A Diferença entre Mongóis e Mongoloides
Melhor ator: Victor Di Marco pela interpretação no filme Possa Poder
Melhor atriz: Valéria Barcellos pela interpretação no filme Possa Poder
Melhor roteiro: Jonatas Rubert, por A Diferença entre Mongóis e Mongoloides
Melhor fotografia: Flora Fecske, pelo filme O Abraço
Melhor montagem: Frederico Restori, por Sinal de Alerta Lory F
Melhor direção de arte: Gabriela Burck, A Diferença entre Mongóis e Mongoloides
Melhor trilha sonora: Gutcha Ramil, Andressa Ferreira e Ian Gonçalves Kuaray, por Mby’Á Nhendu – O Som do Espírito Guarani
Melhor desenho de som: Andrez Machado, por Fagulha
Melhor produção executiva: Henrique Lahude, por Drapo A
Menção honrosa: Drapo A
Prêmio da crítica: Apenas para Registro

Fonte: Redação Tertúlia Web