Representantes de diversos grupos sociais foram escolhidos para o momento mais simbólico da cerimônia
O momento da subida da rampa do Palácio do Planalto, o mais simbólico das cerimônias de posse presidencial no Brasil, contou com uma surpresa emocionante. Um grupo de oito representantes da sociedade foi escolhido pela organização do evento para acompanhar Lula no percurso e no recebimento da faixa presidencial. A cadela Resistência, adotada por Janja durante a vigília “Lula Livre”, também esteve presente.
Com a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a recusa do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) em participar da passagem da faixa presidencial, a comissão organizadora manteve em segredo a opção escolhida. A ideia foi demonstrar o compromisso do governo com a diversidade.
Conheça todos os participantes:
Francisco tem 10 anos, mora em Itaquera, periferia de São Paulo. É corintiano roxo, faz natação, e em 2022 ficou em primeiro lugar no campeonato da Federação Aquática Paulista. Em 2019 esteve em Curitiba para dar “Bom dia Presidente Lula” e no Jogo MST – Amigos do Lula e Amigos do Chico Buarque viu pela primeira vez o presidente de perto. Filho de uma assistente social e de um advogado que atuam nas causas sociais, depois de assistir ao filme com a vida do presidente Lula e com a atenção e carinho que recebeu do presidente no Natal dos catadores, Francisco diz que também pode ser presidente.
Aline Sousa tem 33 anos, é catadora desde os 14 anos, a 3ª geração de catadora na família. Sua mãe e avó materna são catadoras da mesma cooperativa. Mãe de sete filhos, em 2012 Aline foi eleita diretora Secretária da Rede CENTCOOP-DF e, 3 anos, depois a primeira Presidenta da Rede. Hoje está no seu terceiro mandato. Ingressou no Movimento Nacional de Catadoras como articuladora nacional em 2013 representando os catadores e catadoras do DF. Atualmente é responsável pela Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores. Beneficiária do programa Minha Casa Minha Vida em 2009, junto a 30 famílias de catadores que também foram contemplados.
O cacique Raoni Metuktire, 90 anos, dedicou sua vida à defesa da Amazônia e dos povos da floresta. É reconhecido por indígenas e ribeirinhos como um dos principais representantes da luta pela preservação da floresta e dos povos amazônicos. Da aldeia Kraimopry-yaka, onde nasceu, o cacique rodou o mundo pedindo paz. Recentemente, o cacique sobreviveu a três grandes desafios: a morte da sua esposa, Bekwyiká, uma infecção intestinal e um quadro de covid-19.
Weslley Viesba Rodrigues Rocha, de 36 anos, é metalúrgico do ABC desde os 18 anos. Natural de Diadema, Weslley é casado e pai de dois meninos: Cauã de 18 anos e Apolo de dois meses. Formou-se em Educação Física com o auxílio do Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Também possui na sua formação os cursos técnicos profissionalizantes de Desenho Técnico, Matemática Aplicada, Eletricista e Comandos Elétricos, do SENAI da Escola Livre para Formação Integral “Dona Lindu”. Apaixonado por cultura Wesley também é DJ no grupo de rap Falange.
Murilo de Quadros Jesus, 28 anos, é professor, formado em Letras Português e Inglês (UTFPR) e mora em Curitiba. Atuou como professor de português como língua adicional na Universidad de La Sabana (Bogotá, Colômbia) entre 2016 e 2017 e foi bolsista Fulbright como professor de português na Bluefield College (West Virginia, EUA) entre 2021 e 2022.
Cozinhar é a paixão da dona Jucimara Fausto dos Santos, paranaense de Palotina. Desde sempre dedicou sua vida à cozinha. Foi em um concurso de culinária na Vigília Lula Livre que Jucimara foi chamada para fazer pão e acabou ficando cozinhando lá por dez meses. Hoje, cozinha na Associação dos Funcionários da Universidade Estadual do Maringá.
Ivan Baron, jovem potiguar que, aos 3 anos de idade, teve meningite viral, doença que causou paralisia cerebral. É referência na luta anticapacitista e considerado um dos embaixadores da inclusão.
Flávio Pereira, 50 anos, é natural de Pinhalão, estado do Paraná. Artesão, esteve na Vigília Lula Livre nos 580 dias ajudando nas atividades cotidianas.
*Fonte: Brasil de Fato