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Cerca de 200 pessoas são presas após atos antidemocráticos em Brasília neste domingo

Extremistas que integram atos golpistas invadiram o Congresso Nacional e na sequência entraram à força no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF)

Terroristas invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que cerca de 200 pessoas foram presas no ato de vandalismo que ocorreu em Brasília (DF). A informação foi passada em entrevista coletiva, na noite deste domingo (8).

Dino disse que também foram 40 ônibus apreendidos. “Já identificamos todos os ônibus que vieram para Brasília e os financiadores dos ônibus. Vamos ter novos pedidos de prisão preventiva”, disse.

Ele disse que há quatro prioridades: restabelecimento da ordem pública, a prisão em flagrante, a apreensão do ônibus e a quarta será identificar quem são os coautores, quem financiou o crime.

Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo (8), invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.

A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

“Eu repito o que eu disse esses acampamentos são incubadoras de terroristas. Os fatos comprovaram que a frase era correta”, disse Dino.

Dino disse que houve mudança no planejamento de segurança do Distrito Federal.

“Nós tivemos uma mudança de orientação administrativa em que o planejamento que não comportava a entrada de pessoas na esplanada foi alterado. Ainda assim havia por parte do governo do DF a visão de que a situação estaria sob controle”, disse.

Ele disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem responsabilidade política sobre o ato, mas até então não consegue ver a responsabilidade jurídica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que todos os manifestantes golpistas que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos.

O petista disse que eles são verdadeiros vândalos e anunciou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.

Lula disse que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.

As forças de segurança conseguiram desocupar os prédios públicos invadidos na praça dos Três Poderes, usando para isso muitas bombas de efeito moral e spray de pimenta, por volta das 16h.

Helicópteros da Polícia Militar e da Polícia Federal também agiram, sobrevoando a praça e atirando bombas de gás. A tropa de cavalaria também foi acionada, além de carros blindados.

Os manifestantes ameaçaram uma nova investida contra os agentes, mas foram repelidos.

Pouco antes das 18h, os prédios do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) já estavam totalmente liberados. Nos arredores, manifestantes rezavam e marcavam posição, sentando e deitando em frente às tropas de segurança.

O teto e os arredores do Congresso, no entanto, seguiram ocupados por um período maior. Mas também acabaram desocupados após ação dos agentes de segurança.

No esforço de dispersão, a tropa de choque e a cavalaria avançaram contra os manifestantes que se encontravam nos arredores do STF, fazendo com que o grupo fosse em direção à Esplanada. O espaço foi liberado.

*Fonte: Folha de S. Paulo

Golpistas vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF) (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)