No cinquentenário da data, ONU escolhe a poluição plástica como tema central para discussão: mundo produz mais de 400 milhões de toneladas do material por ano
O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado anualmente em 5 de junho. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972 durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, capital da Suécia, que ficou conhecida apenas como Conferência de Estocolmo.
Este ano, a Costa do Marfim, em parceria com os Países Baixos (Holanda), acolhe os eventos centrais das comemorações da ONU.
O lema deste ano é “soluções para a poluição plástica” e marca o 50º ano da comemoração que é organizada pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma.
Os eventos promovem a busca de soluções para a questão envolvendo iniciativas de governos e empresas e consumidores.
Construção de um futuro mais limpo, saudável e sustentável
Em mensagem de vídeo, o secretário-geral António Guterres defendeu a construção de um futuro mais limpo, saudável e sustentável. Para ele, o mundo tem que combater o problema de “consequências catastróficas”.
Guterres lembra que todos os anos, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas no mundo. Um terço é usado apenas uma vez e diariamente se despeja nos oceanos, rios e lagos uma quantidade de plástico equivalente à carga de mais de 2 mil caminhões de lixo.
Primeiro passo
Guterres enfatiza ainda que os micro plásticos estão presentes nos alimentos, na água e no ar. Eles compõem combustíveis fósseis e impactam a crise do clima com maior uso, produção e queimas.
Em 2022, a comunidade internacional iniciou negociações para um acordo juridicamente vinculativo para acabar com a poluição plástica. Para Guterres essa é uma das soluções, mas considera um primeiro passo que carece da colaboração de todos.
Por ocasião das celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente , o chefe da ONU citou um estudo do Pnuma revelando que o problema pode ser reduzido em 80% até 2040 com medidas de reutilização, reciclagem, reorientação e diversificação para travar o uso do material.
Guterres apela a defesa do desperdício zero e construção de uma economia verdadeiramente circular.
*Fonte: ONU News