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Safra de soja deve ser a maior da história no Rio Grande do Sul

Expectativa é de que sejam colhidas 22,2 milhões de toneladas da commodity, 63,5% de toda a produção gaúcha

Apresentação dos números durante a Expodireto Cotrijal (Foto: Emater)

Apesar do atraso no plantio, por conta do excesso de chuva nos últimos meses de 2023, a safra gaúcha de soja deve ser a maior já registrada. A expectativa é de que sejam colhidos 22,2 milhões de toneladas, alta de 71,5% em relação ao período 2022/2023, disse nesta terça-feira (5) o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.

A confirmação da performance depende, claro, da manutenção das condições climáticas atuais. No anúncio da 2ª Estimativa da Safra de Verão 2023/2024, Baldissera apontou para uma produtividade média de 3,3 mil quilos por hectare no Rio Grande do Sul, 70,8% acima da verificada na colheita passada, fortemente afetada pela estiagem.

O resultado, se consolidado, se dará em uma área de 6,68 milhões de hectares, leve aumento de 23 mil hectares ou 0,35% sobre o último cultivo. Mais do que pelo momento de baixa nas cotações, a pequena variação na área semeada sinaliza que o tamanho da exploração da principal commodity agrícola no Estado esteja mesmo próximo do limite, reconhece o técnico da Emater.

Ao todo, o Rio Grande do Sul deverá colher, nos 8,4 milhões de hectares plantados, um volume de 35 milhões de toneladas de grãos, 44,5% acima do resultado na semeadura 2022/2023, de 24,2 milhões de toneladas. Destaque para o arroz, que reocupou parte da área utilizada com soja em terras baixas nos últimos anos e rompeu a marca de 900 mil hectares. A cultura, com preços em alta no mercado, tem produção estimada em 7,49 milhões de toneladas, 3,5% maior que na safra passada, e 8,3 mil quilos por hectare, em média estadual.

Por outro lado, o milho, plantado em 812,7 mil hectares, apenas 1,27% maior que no período anterior, também deve dar um salto de produção e produtividade. São esperadas 5,2 milhões de toneladas, com rendimento médio de 6,4 mil quilos por hectare, 32,2% acima do resultado anterior, mas com problemas quanto à qualidade dos grãos. E o milho silagem, que sofreu uma redução de área de 10%, promete render 12,3 milhões de toneladas, 37,3% a mais que na safra anterior.

Já para a cultura do feijão, a Emater projeta 79,7 mil toneladas, na safra e na safrinha, alta de quase 15%.

*Fonte: Jornal do Comércio