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Biden admite estar analisando pedido de Austrália para cancelar acusações contra Assange

País natal de jornalista havia feito pedido em fevereiro

Assange enfrenta 18 acusações criminais nos EUA por seu suposto papel na obtenção e divulgação ilegal de documentos confidenciais relacionados à defesa nacional (Foto: Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (10/04) que está considerando a possibilidade de permitir o regresso do jornalista e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ao seu país natal, a Austrália.

A declaração aconteceu durante uma coletiva de imprensa realizada em meio à visita oficial do premiê japonês Fumio Kishida.

A hipótese surgiu de uma solicitação oficial do governo australiano enviada à Casa Branca em fevereiro, mas que ainda não obteve resposta. No documento, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anexou uma moção do Parlamento do seu país pedindo pelo retorno de Assange.

Na coletiva, ao lado de Kishida, Biden foi perguntado sobre a solicitação australiana, e disse estar “considerando” aceitar o retorno de Assange ao seu país natal.

Atualmente, Assenge se encontra preso em Londres e aguarda uma autorização judicial que sua extradição aos Estados Unidos seja colocada em prática.

No país norte-americano, o jornalista terá de enfrentar um julgamento por denúncias de “violação da segurança nacional”, em função do vazamento, através do WikiLeaks, de informações classificadas do Pentágono e das agências de inteligência, que revelaram diversos crimes de guerra cometidos pelos militares do país nas invasões ao Iraque e ao Afeganistão, durante os Anos 2000.

A possível extradição de Assange aos Estados Unidos também exerce uma pressão sobre Washington, já que o país é acusado de defender um discurso ambíguo com relação à liberdade de expressão ao defender uma punição severa ao jornalista australiano por revelar informações de interesse público.

Vale lembrar que as denúncias que o ativista deverá enfrentar caso seja enviados aos Estados Unidos podem render pena de prisão perpétua.

*Fonte: Brasil de Fato