Pesquisa aponta que rejeição a nomes da família do ex-presidente aumentou
Pesquisa Genial/Quaest divulgada na manhã desta quinta-feira (18) com cenários de primeiro e segundo turno para as eleições presidenciais de 2026 aponta que a vantagem do presidente Lula (PT) aumentou nas disputas contra nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado na semana passada a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A pesquisa estimulou oito cenários de primeiro turno, sendo quatro deles com a presença de um nome forte ligado ao campo do bolsonarismo e quatro com o campo dividido. Nos quatro primeiros, Lula aparece na ponta, com percentuais entre 32% e 35%, enquanto Bolsonaro — que está inelegível — é o que mais se aproxima, com 24%. Na terceira colocação, Ciro Gomes (PDT) tem percentuais que oscilam entre 11% e 14%, chegando a um empate numérico na segunda colocação no cenário com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — ambos têm 14%.
Já nos cenários com Lula, dois nomes ligados — um deles sendo Eduardo — ao bolsonarismo e nenhum outro candidato, o presidente teria entre 40% e 43%.
“Nos cenários em que a direita radical lança Eduardo para competir com algum outro nome da direita, Lula passa a ter chances de vencer já no 1º turno. O atual presidente teria entre 40% e 43% das intenções de voto, percentual maior que a soma dos outros dois nomes”, disse Felipe Nunes, coordenador da pesquisa, em postagem nas redes sociais.
Com relação aos cenários de segundo turno, a Quaest aponta que a diferença de Lula para seus rivais permaneceu estável contra nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos) — 43% a 35%, mesmo percentual de agosto –, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) — 45% a 32%, era 46% a 32% em agosto –, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) — 46% a 31% — era 47% a 31%.
Contra Bolsonaro, a vantagem de Lula oscilou positivamente de setembro para agosto, de 47% a 35% para 47% a 34% em setembro. Em maio, eles apareciam empatados em 41%. Contra Michelle Bolsonaro (PL), a vantagem de Lula saiu de 47% a 34%, em agosto, para 47% a 32% em setembro. E contra Eduardo Bolsonaro, saiu de 47% a 32% para 47% a 29%.
Outro destaque da pesquisa é o expressivo aumento da rejeição a Jair Bolsonaro seu filho Eduardo. Em agosto, 37% dos entrevistados diziam que conheciam e votariam no ex-presidente, contra 57% que não conheciam e não votariam. Em setembro, o percentual de pessoas que votariam em Bolsonaro caiu para 32% e os de que não votariam subiu para 64%. Já o percentual de pessoas que não votariam em Eduardo Bolsonaro foi a 68% — era 57% em agosto –, contra 19% que dizem que votariam.
Encomendada pela Genial Investimentos, a pesquisa Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro, logo após a condenação do ex-presidente Bolsonaro. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Fonte: Sul 21
