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Assembleia Legislativa aprova proposta de rota afroturística no RS

Rota da Liberdade, que vai de Osório a Santa Vitória do Palmar, integra territórios quilombolas

Primeira Rota de Afroturismo do Rio Grande do Sul (Foto: Nathália Schneider)

Nesta terça-feira (18), Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 276/2024, de autoria da deputada estadual Laura Sito (PT). A proposta institui a Rota da Liberdade, que vai de Osório a Santa Vitória do Palmar, integrando territórios quilombolas e fomentando o turismo étnico comunitário ao longo do litoral gaúcho.

O Rio Grande do Sul possui 146 comunidades quilombolas identificadas, sendo que 90% já têm certificação da Fundação Palmares. A região contemplada pela Rota da Liberdade concentra cerca de 38% desses territórios, incluindo comunidades como Morro Alto, Costa da Lagoa, Limoeiro, Casca, Teixeiras, Colodianos, Vó Marinha e Vila de São José do Norte.

O PL reconhece a Rota como bem de relevante interesse cultural imaterial do Estado e estabelece que sua gestão será comunitária, garantindo às comunidades quilombolas o protagonismo na construção, organização e execução das atividades turísticas.

A autora argumenta que a iniciativa fortalece o turismo de base comunitária, incentiva a economia local, contribui para a preservação ambiental e promove um turismo antirracista, inclusivo e comprometido com a reparação histórica. O projeto prevê ainda a criação de um Núcleo de Turismo Étnico Comunitário, gerido pelas próprias comunidades, ampliando a diversidade turística do litoral e da Costa Doce.

Para a deputada Laura Sito, a aprovação em pleno mês da Consciência Negra reforça o simbolismo da medida. “A população negra foi e é parte central da construção do nosso estado, social, cultural e economicamente. Por séculos, nossa contribuição foi invisibilizada e apagada da história oficial. A Rota da Liberdade é uma forma concreta de reconhecer, valorizar e colocar no centro do desenvolvimento do Rio Grande do Sul o protagonismo negro e quilombola”, destaca a parlamentar.

Fonte: Sul 21