Ao longo de toda sua trajetória intelectual, Rouanet publicou mais de 15 livros sobre filosofia, literatura e psicanálise
A família de Sergio Paulo Rouanet e os integrantes do Instituto Rouanet divulgaram nota na noite deste domingo (3) anunciando o falecimento do embaixador e filósofo em sua residência no Rio de Janeiro. Rouanet, que lutava contra a Doença de Parkinson, diz a nota, dedicou sua vida à defesa dos valores iluministas, à cultura, à liberdade de expressão, à razão e aos direitos humanos.
Sergio Paulo Rouanet nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1934. Com apenas 20 anos, já participava do cenário intelectual ao escrever semanalmente para o Suplemento Literário, do Jornal do Brasil. Tornou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da PUC do Rio em 1955 e dois anos depois formou-se no curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco.
Foi embaixador do Brasil na Dinamarca e na República Tcheca, cônsul-geral em Zurique e em Berlim, onde criou o Instituto Cultural Brasileiro, e serviu como titular da Secretaria de Cultura da Presidência da República, cargo equivalente ao de ministro de Estado, entre 1991 e 1992. Como secretário de Cultura, empenhou-se na aprovação do Programa Nacional de Financiamento da Cultura (Pronac), o que seria concretizado com a edição da Lei de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313), em 23/12/1991.
Em 1992, Rouanet assumiu a cadeira número 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL), antecedido por Francisco de Assis Barbosa. Ao longo de toda sua trajetória intelectual, publicou mais de 15 livros sobre filosofia, literatura e psicanálise, além de ensaios e traduções. Rouanet deixa esposa, a socióloga alemã Barbara Freitag, três filhos e cinco netos. O velório ocorrerá nesta terça-feira (5), a partir das 14h, no Crematório do Caju (São Francisco Xavier), no Rio de Janeiro.
Fonte: Sul 21