Há alguns anos, área no RS é palco de disputas de poder e está na mira de facções criminosas
O emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Polícia Federal, na Terra Indígena Guarita, no Rio Grande do Sul, foi autorizado, nesta segunda-feira (15), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A portaria com a autorização da medida, assinada pelo ministro Anderson Torres, está publicada no Diário Oficial da União.
Os policiais vão atuar nas atividades de manutenção da ordem pública, segurança das pessoas e preservação do patrimônio. O trabalho será em caráter episódico e planejado, por 90 dias, a contar desta segunda-feira.
O número de militares a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do MJSP.
A Terra Indígena de Guarita abriga o maior contingente de população Kaingang e está situada entre os municípios de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco, próximo à fronteira com a Argentina. Mais de 8 mil caingangues vivem no local, além de algumas centenas de guaranis.
Em julho deste ano, um conflito deixou pelo menos cinco indígenas feridos. Entre eles, está o cacique Carlinhos Alfaiate, que chefia a reserva indígena. Alfaiate já havia sido vítima de um atentado em outubro de 2019, quando homens armados com fuzis invadiram a residência dele e atearam fogo na moradia.
Há alguns anos, a área é palco de disputas de poder e está na mira de facções criminosas, que visam usar a região como esconderijo após ações criminosas, como assaltos a bancos em cidades próximas.
Fonte: GaúchaZH