Bolsonaro, Moro, ONU e Lula (Foto: Anderson Riedel/PR | Reuters | Ricardo Stuckert)
247 – O governo de Jair Bolsonaro (PL) tentou impedir o julgamento de Lula pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU. Em novembro, a representação do Brasil na organização argumentou que os recursos que o ex-presidente poderia apresentar à Justiça brasileira ainda não tinham sido todos esgotados, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo. O governo argumentava também que Lula já estava solto e uma parte das sentenças contra ele tinham sido anuladas. Mas o comitê da ONU, principal organismo multilateral do mundo, ignorou os argumentos do governo Bolsonaro e concluiu que Lula foi julgado de forma parcial pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro, tendo seus direitos políticos também violados ao ser impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018. A vitória de Lula na ONU tem forte simbolismo e mostra que ele foi vítima de perseguição política.