Deputado debochou da tortura sofrida pela jornalista durante a Ditadura Militar após Miriam escrever que Bolsonaro é "inimigo confesso da democracia"
3 de abril de 2022, 16:00 h.
247 – O deputado Eduardo Bolsonaro revoltou internautas neste domingo (3) ao debochar da tortura que a jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, sofreu durante a Ditadura Militar. Em post no Twitter, Eduardo Bolsonaro reagiu a tweet em que Miriam divulgava sua coluna que falava que Lula e Jair Bolsonaro não são iguais e que Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. "Ainda com pena da cobra", respondeu o parlamentar. Miriam Leitão se manifestou sobre a totura da qual foi vítima em reportagem do Globo de 2014. "Dois dias depois de ser presa e levada para o quartel do Exército em Vila Velha, cidade próxima a capital Vitória, no Espírito Santo, a jornalista Míriam Leitão, na época militante do PCdoB, foi retirada da cela e escoltada para o pátio. Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento", diz a reportagem.