Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara
| Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados.
Partidos mais tradicionais da direita, o Democratas e o PSDB deram passos para se afastar do ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que se filiou ao PSD no final de maio. Na última segunda-feira (14), o DEM expulsou Maia dos seus quadros.
A relação com o DEM se deteriorou na eleição para o comando da Câmara Federal, quando Maia foi isolado pelo partido, que decidiu apoiar o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado Arthur Lira (Progressistas), que venceu a eleição. Lira é do chamado “centrão”, partidos da base do governo federal. Maia e o presidente nacional do DEM, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vinham trocando acusações públicas nos últimos meses. Na noite de segunda-feira, após a expulsão, o deputado fluminense chamou ACM Neto de “Torquemada Neto” em alusão ao inquisidor espanhol da Idade Média. “O DEM decidiu me expulsar de seus quadros.
O presidente Torquemada Neto, usando o seu poder para tentar calar as merecidas críticas à sua gestão, tomou essa decisão. É lamentável o caminho imposto pelo Torquemada para o partido (…) O partido diminuiu. Virou moeda de troca junto ao governo Bolsonaro”, acusou Maia. Na última sexta-feira (11), um dos encontros do ex-presidente Lula (PT) em sua vinda ao Rio de Janeiro foi com Maia e Eduardo Paes. Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o ex-presidente da Câmara, que também deve se filiar ao PSD assim como o prefeito, se ofereceu para colaborar com o programa de governo e nas articulações da campanha de Lula à presidência da República.
Também na última segunda-feira (14), a gestão de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio perdeu o último integrante do PSDB. O secretário municipal de Turismo Cristiano Beraldo deixou o cargo. No mesmo dia, o PSDB fluminense participou de cerimônia de posse para compor o Secretariado do governador do estado do Rio, Cláudio Castro, que também está de saída do PSC.
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