Várias capitais brasileiras têm taxa de ocupação de UTI acima de 80%.
Negacionista, Bolsonaro ignora agramento da crise no Brasil (Alan Santos/PR)
Depois de o Brasil registrar recorde no número de mortes pela Covid-19 em um dia, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender nesta sexta-feira (26), o retorno à normalidade no país. O chefe do Executivo afirmou que medidas de restrição "estão na contramão daquilo que o povo quer". "Aos políticos que me criticam, sugiro que façam o que eu faço. Tenho um prazer muito grande de estar no meio de vocês. Dizer a esses políticos do Executivo, o que eu mais ouvi por aqui é: ‘presidente, eu quero trabalhar’. O povo não consegue ficar mais dentro de casa", disse Bolsonaro, em evento do governo sobre obras rodoviárias realizado em Tianguá, no Ceará.
E declarou: "O povo quer trabalhar. Esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer. Não me critiquem, vá para o meio do povo mesmo depois das eleições." A fala do presidente ocorre no momento em que governos locais intensificam medidas contra a Covid-19, como toque de recolher e suspensão de aulas presenciais. No Ceará vigora até domingo (28) decreto de toque de recolher de 22 horas até às 5 horas como parte de um conjunto de medidas para combater a disseminação do vírus. "Tenho certeza que quando deixar meu governo entregarei um Brasil, apesar da pandemia, muito, mas muito melhor, do que aquele que recebi em janeiro de 2019", acrescentou o presidente. Em seu discurso, Bolsonaro também reforçou que Executivo e Legislativo "trabalham juntos", além de elogiar a atuação de sua equipe de ministros.
"Com uma equipe competente e com ajuda do parlamento brasileiro nós vamos vencer desafios e cada vez mais proporcionar a todos dias melhores", disse. Mais de 250 mil mortos Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil chegou nesta quinta-feira (25), a marca de 10.390.461 casos confirmados e 251.498 mortes pela Covid-19. O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos no ranking mundial de óbitos em decorrência da doença.
Agência Estado/dom total///