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Maia confronta Guedes e afirma que não há espaço para criar uma nova CPMF

Ministro da Economia quer criar um imposto sobre transações financeiras, mas nega que seja uma ‘nova CPMF’.

 

Maia cobrou melhora no clima de negócios para discutir a Reforma Tributária. ‘Queremos aprovar uma reforma em parceria com o Senado e com a participação do governo federal’, diz Maia (Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

 

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ser contra a recriação de um tributo semelhante à CPMF no âmbito da reforma tributária. Embora seja assim tratada por parlamentares, o ministro da Economia, Paulo Guedes, evita relacionar a ideia de um imposto sobre transações financeiras ao antigo "imposto do cheque". "Não há espaço para debater uma nova CPMF. Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos", escreveu Maia no Twitter, em uma série de publicações sobre a discussão de reforma tributária na comissão especial da Câmara, que foi retomada nesta quinta-feira. "Queremos aprovar uma reforma em parceria com o Senado e com a participação do governo federal", afirmou o presidente da Casa, na mesma sequência. Mais cedo, ao ser entrevistado ao vivo durante a Expert XP, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quis evitar as comparações da taxa com a CPMF: "Se disserem que não querem a CPMF, estaremos de acordo, pois não é a CPMF. Não é o mesmo imposto com outro nome, é uma base mais ampla". Guedes deve entregar a primeira fase da proposta de reforma ao Congresso na próxima terça-feira, 21.

Maia defende união de esforços

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a aprovação da reforma tributária é o caminho mais importante para a retomada do crescimento econômico brasileiro. Durante reunião da comissão especial que discute o tema, ele defendeu a união de esforços entre governo, Câmara e Senado para aprovar o texto e ressaltou que só a reforma tem condições de gerar um aumento da atividade econômica de forma sustentável. Maia ressaltou a importância de se melhorar o ambiente de negócios no Brasil. “Não queremos aprovar uma reforma da Câmara, queremos aprovar a reforma do Congresso junto com o governo federal, espero que o presidente Bolsonaro encaminhe a proposta do governo”, comentou. “Tomara que o Senado venha conosco, não é pressão nossa [da Câmara]], a pressão é da sociedade em relação ao Parlamento. A sociedade espera do governo e do Parlamento soluções para ter as condições para o Brasil voltar a crescer e gerar, principalmente, o emprego formal”, acescentou.

O presidente da Câmara lembrou que muitos governos tentaram aprovar uma idade mínima em diversas reformas da Previdência, mas foi apenas esta legislatura que conseguiu. Ele destacou que almeja que o mesmo aconteça em relação à reforma tributária. Rodrigo Maia disse ainda que a aprovação de reformas importantes do passado, como a trabalhista e previdenciária, não geraram o crescimento econômico esperado. Ele afirmou estar convencido de que o sistema tributário brasileiro emperra esse crescimento. “Tem um estudo que aponta que o PIB potencial do Brasil nos próximos 12, 14 anos é de um crescimento de 20%. A reforma tributária, por si só, tem a condição de nos gerar um crescimento que será fundamental para o nosso futuro”, defendeu. Reforma administrativa Maia também voltou a salientar a necessidade de se aprovar uma reforma administrativa que melhore a qualidade do gasto público e destacou que é importante valorizar a produtividade do serviço público. Ele destacou que, a partir de janeiro do próximo ano, quando se encerra o prazo previsto na chamada Emenda do Orçamento de Guerra, que segregou o orçamento para aumentar gastos públicos em 2020 em razão da pandemia, o Brasil vai precisar enfrentar sua própria realidade, como o limite do teto de gastos, o aumento da dívida e os gastos públicos obrigatórios. “Não é redução de salário, não é corte de benefícios, mas, sim, uma grande reforma administrativa que trate da qualidade do gasto público”, declarou.

 

Agência Estado/Dom Total/Agência Câmara