Negociando o controle de R$ 65,8 bilhões do orçamento no balcão de negócios montado por Bolsonaro no Planalto, líderes de partidos do Centrão se calaram diante dos ataques do presidente ao Congresso e STF.
Jair Bolsonaro com a filha Laura em novo ato golpista (Reprodução)
Negociando o controle de R$ 68,5 bilhões de orçamento em cargos para formar uma base de apoio ao governo no Congresso, líderes do chamado Centrão se calaram diante do novo atentado contra a democracia promovido por Jair Bolsonaro durante participação em ato golpista em frente ao Palácio do Planalto neste domingo (3). Com excessão de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, nenhum dos outros líderes dos partidos que estão no balcão de negócios com Bolsonaro se pronunciaram sobre as declarações do presidente, que afirmou que não vai mais admitir “interferências”, que as “Forças Armadas estão ao lado do povo” e atacou o STF: “Chegamos no limite. Não tem mais conversa”.
Neobolsonarista, Jefferson foi o único que foi às redes sociais e comemorou com uma série de tuítes a participação do presidente no ato golpista. “Gostei, o presidente jogou fora aquela camisa vermelha. Hoje usou uma camisa azul. Vermelho ficou quem escutou esse recado. Xô urubus, xô”, tuitou, compartilhando o vídeo em que Bolsonaro ameaça o judiciário. Vice-presidente da Câmara, presidente do Republicanos e bispo da Igreja Universal, Marcos Pereira, não se pronunciou. O silêncio também foi a estratégia de Gilberto Kassab, que comanda o PSD, e Waldemar da Costa Neto, líder do PR.
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