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Deputados bolsonaristas lamentam saída de Moro e cobram presidente

Tristeza, surpresa e até choro foram as reações da ala bolsonarista após saída do ministro.

 

‘A perna do discurso que fizemos na campanha é combate à corrupção’, diz senador (Agência Senado)

 

 

 

Bolsonaristas do Congresso Nacional lamentaram a saída de Sergio Moro do governo e cobraram explicações do presidente Jair Bolsonaro sobre as acusações levantadas pelo ex-juiz da Lava Jato. Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. No Congresso, integrantes da oposição usaram as declarações para cobrar a abertura de um processo de impeachment contra o chefe do Planalto. Jair Bolsonaro marcou um pronunciamento para, nas palavras dele, "restabelecer a verdade".

Uma das principais defensoras do ex-juiz da Lava Jato na Câmara, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) disse manter seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro. "Apesar de estar muito triste com a saída de Moro mantenho meu apoio irrestrito ao presidente Jair Bolsonaro", afirmou. A deputada Alê Silva (PSL-SP) relatou tristeza do Twitter e postou emojis com cara de choro. "Comungo com vocês da mesma tristeza." O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), aliado de Bolsonaro e integrante da bancada evangélica, relatou estar em choque com a demissão de Moro e cobrou explicações do presidente da República.

"Ele (Moro) fez referências que, se comprovadas, deixam o governo em uma situação que vai ter que se explicar. Vamos ter uma opinião depois que o presidente Bolsonaro der a entrevista, mas o choque existe, sim. A perna do discurso que fizemos na campanha é combate à corrupção." Governistas da articulação política entraram em campo para tentar amenizar a crise. "Não podemos transformar isso em o que alguns estão querendo. Começou um alvoroço pedindo impeachment do presidente", disse o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado.

"Em alguns momentos, o presidente não contém ímpetos que poderiam ser evitados, como palavras e manifestações. Mas, além disso, é um absurdo já começar as vivandeiras da oposição de querer afastar", insistiu Rodrigues. Na avaliação dele, as coisas vão se acomodar nos próximos dias. "Felizmente foi em uma sexta-feira. Se não, o vulcão ia arder durante a semana toda."

 

Agência Estado/dom total///