O Ministério Público afirmou que Fabrício Queiroz e o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito assassinar Marielle e Anderson, “tentaram embaraçar” a investigação sobre peculato e lavagem de dinheiro envolvendo Flávio Bolsonaro, ação grave de obstrução que poderia caracter prisão preventiva dos suspeitos
19 de dezembro de 2019, 11:13 h
(Foto: Reprodução)
247 – O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que Fabrício Queiroz e o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega “tentaram embaraçar” a investigação sobre peculato e lavagem de dinheiro envolvendo Flávio Bolsonaro, atualmente sem partido, informa o Portal Crusoé. Segundo os promotores, ambos determinaram que a ex-assessora Danielle Mendonça, que foi casada com Nóbrega e é acusada de ter sido funcionária fantasma, faltasse ao depoimento para o qual havia sido convocada pelo MP e tomasse cuidado ao falar no celular, para não expor o esquema do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, acrescenta a reportagem.
Relembrando quem é Nobrega
De acordo com a denúncia do MP-RJ, Nobrega é chefe da milícia que age nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste do Rio, e líder de um grupo de matadores de aluguel batizado pela Polícia Civil do Rio como Escritório do Crime.Nobrega, que é próximo do clã Bolsonaro, e outros membros da quadrilha são suspeitos de participação no atentado contra Marielle e Anderson.
"A rachadinha"
O MP informou que os parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, que constaram como assessores de Flávio Bolsonaro "sacavam quase a integralidade dos salários recebidos na Alerj para repassar os valores em espécie a outros integrantes da organização criminosa". O total recebido pelos 9 integrantes da família que tiveram o sigilo quebrado é de R$ 4,8 milhões.