Jair Bolsonaro ampliou a presença de militares no governo federal. São 2.500 membros das Forças Armadas que ocupam cargos de chefia ou assessoria em ministérios e repartições
47 – Reportagem dos jornalistas Camila Mattoso e Ranier Bragon na Folha de S.Paulo indica que nos primeiros nove meses do governo Bolsonaro, a presença de militares na administração federal foi ampliada em ao menos 325 postos.
Além do próprio Bolsonaro, que é capitão reformado, e do vice, o general Hamilton Mourão, e de 8 dos 22 ministros, há ao menos 2.500 militares em cargos de chefia ou assessoramento.
Este número já tinha começado a subir no governo golpista de Michel Temer, indica a reportagem.
Foi sob o governo Temer que terminou a prática de governos anteriores de nomearem civis para comandar o Ministério da Defesa. Uma prática salutar retomada com a democratização do país após a ditadura militar.
A reportagem registra que a ampliação de membros das Forças Armadas em funções ocupadas eminentemente por civis após o fim da ditadura militar (1964-1985) foi mais expressiva em pastas próximas a Bolsonaro, como o Gabinete de Segurança Institucional, que passou de 943 para 1.061 militares.
Na Vice-Presidência, houve salto de 3 para 65. No Meio Ambiente, responsável pelo mais recente desgaste do governo, o número de militares foi de 1 para 12.
O Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro, quase dobrou o seu contingente de militares – de 16 para 28.