Em entrevista ao programa Roda Viva na TV Cultura, o ministro do STF (SUpremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes voltou a criticar a Lava Jato e também parte da imprensa, que apoiou cegamente a operação. “Vocês assumiram o lavajatismo militante”, disse
247 – Em entrevista ao programa Roda Viva na TV Cultura, o ministro do STF (SUpremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes voltou a criticar a Lava Jato e também parte da imprensa, que apoiou cegamente a operação. “Vocês assumiram o lavajatismo militante”, disse.
Gilmar ainda disse que “quando a Lava Jato acerta, tem que ser dito que ela acerta. Quando erra, tem que ser dito que erra”. Ele reiterou a crítica à imprensa: ‘vocês criaram falsos heróis”.
A reportagem da revista Fórum destaca que "antes de tratar especificamente sobre o papel da imprensa na cobertura da Lava Jato, Gilmar Mendes falou sobre a conduta de procuradores e o conluio estabelecido entre parte do MP e o ex-juiz Sérgio Moro."
A matéria ainda acrescenta que "ainda na crítica a operação Lava Jato, usando como base as mensagens da Vaza Jato, Gilmar afirmou que “essa integração entre juiz e promotor não tem nada a ver com o nosso sistema”, em uma referência ao conluio estabelecido entre procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro. “Precisamos corrigir isso. Prosseguir no trabalho contra a corrupção mas dentro de um quadro institucional, menos personalista”, pontuou. O ministro disse ainda que a Lava Jato atua com “gangsterismo”.
Gilmar, sobre Janot: ‘senti uma pena enorme das instituições brasileiras’
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, voltou a falar sobre Rodrigo Janot. Ele afirmou que "senti uma pena enorme das instituições brasileiras". Gilmar ainda ressaltou, sobre a Lava Jato, que "não se combate crime cometendo crime"
Na resposta à bancada de jornalistas do programa Roda Viva, Gilmar detalhou sua comiseração com relação ao tecido instituconal do país: "primeiro senti uma pena enorme das instituições brasileiras. Sou um estudioso e estou nisso há muitos anos. E todos nós vemos na PGR, um nome que todos conhecem, é um ícone, como Zé Paulo Sepúlvuda. Por lá passaram nomes que depois foram inclusive para o STF. Quando a gente imagina que a procuradoria estava entregue em mãos de alguém que pensava em faroeste, isso realmente choca e da pena de ver como nós degradamos as instituições. Em relação a pessoa, eu só posso recomendar um tratamento psiquiátrico".
A reportagem do portal Uol ainda relembra que "o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse que chegou a ir armado a uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de matar o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar Mendes] e depois me suicidar", afirmou Janot, que deixou a Procuradoria há dois anos, em Entrevista ao Estado de S. Paulo."
Gilmar diz que Lula não tem o direito de recusar o regime semiaberto
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, sinalizou, em entrevista ao Roda Viva, que o ex-presidente Lula terá que aceitar o regime semiaberto, mas criticou os procuradores da Lava Jato, que fizeram o pedido. "O que me chamou a atenção foram os procuradores oferecerem o regime semiaberto ao Lula. Nunca foram legalistas, nunca foram garantistas", afirmou.
Gilmar também aproveitou para criticar os procuradores da Lava Jato. "O que me chamou a atenção foram os procuradores oferecerem o regime semiaberto ao Lula. Nunca foram legalistas, nunca foram garantistas. Mas agora se convenceram. Se convenceram porque era conveniente. Aliviaram a pressão que existe sobre o tempo, fazendo leitura de estrelas", assinalou.
Ele também deixou claro que permitir a prisão em segunda instância foi um erro. "Fizemos um experimento institucional e se viu que deu errado", disse ele. "Curitiba e TRF-4 editaram uma súmula dizendo: com decisão de segundo grau prende-se. Foi isso que nós decidimos?", questionou.





