O general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, disse que o presidente se apressou ao anunciar a indicação do filho, Eduardo Bolsonaro, para ocupar a vaga de embaixador do Brasil nos EUA
Ele classificou o rompante do presidente como "momentos" e disse que ele poderia ter esperado ao menos uma semana para anunciar, pois a divulgação da notícia em meio à votação dos destaques da reformada Previdência não caiu bem e reforçou as críticas da oposição.
""Deu polêmica, reconheço, saiu na imprensa. Agora vamos aguardar. Poderia ter anunciado na semana que vem? Talvez, durante o recesso parlamentar. Vários deputados citaram essa nomeação, podia ter evitado", afirmou o ministro.
Ramos disse ainda que o anúncio de Bolsonaro não significa que Eduardo será o embaixador e citou outros recuos do presidente que após uma enxurrada de críticas o fez desistir, como a proposta de transferir a embaixada em Israel para Jerusalém.
"Meu amigo Bolsonaro tem esses momentos. Vou citar a famosa ‘vou levar embaixada pra Jerusalém’. Eu pergunto: hoje está onde? Em Tel Aviv. Ele manifestou uma intenção", minimizou.
No entanto, o ministro aproveitou para elogiar Eduardo, a quem chamou de "um jovem preparado" e disse que a possível nomeação de "não contraria a lei". Porém, ele usou como argumento apenas casos de personalidades que não tinham carreira diplomática, sem citar o fato de que não tinham parentesco com o então presidente..
Citando nomes que apareceram numa lista flagrada no celular de Eduardo durante a votação da reforma da Previdência, Ramos voltou a defender a indicação.