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Governo quer pagar US$ 9 bi para Petrobras abrir mão de US$ 800 bi

Áreas do pré-sal seriam leiloadas por 3% do valor estimado do lucro com exploração

 

 

 governo pretende pagar US$ 9 bilhões à Petrobras para retirar da estatal o di-reito à exploração de reser-vas do pré-sal que têm valor calculado em US$ 800 bi-lhões. As áreas da chamada Cessão Onerosa contêm 21 bilhões de barris, relata o engenheiro Fernando Si-queira, conselheiro eleito da Petros e diretor da Associa-ção dos Engenheiros da Pe-trobras (Aepet).



Siqueira denuncia que a estatal está sendo prejudica-da para que as áreas possam ser leiloadas. O ministro Paulo Guedes estima que poderá arrecadar R$ 100 bilhões, valor muito inferior ao que poderá ser obtido pelas empresas que explora-rem as reservas. O dinheiro seria usado para remunerar os detentores da dívida in-terna.



Pelas contas do diretor da Aepet, os 21 bilhões de bar-ris, ao preço de US$ 65 o barril, e com um custo total de produção por barril de US$ 25, renderão cerca de US$ 800 bilhões, cerca de R$ 3,2 trilhões. As grandes multinacionais são as mais interessadas nas áreas. Des-de o Governo Temer, a par-ticipação estrangeira na pro-dução de petróleo passou de 7% para 23%. O preço dos combustíveis não pararam de subir. Só este ano, a ga-solina aumentou mais de 20%.



A Cessão Onerosa se deve ao direito de exploração de 5 bilhões de barris, concedido à Petrobras pelo governo brasileiro em 2010 por R$ 75 bilhões. A estatal, porém, encontrou mais 17 bilhões de barris. “Pelo Projeto de Lei da Câmara 78, de 2018, aprovado em junho do ano passado, a estatal seria obri-gada a entregar para leilão esses 17 bilhões de barris, além de 70% da área da ces-são onerosa original”, de-nunciou Siqueira em entre-vista ao jornal Hora do Povo.



O projeto, porém, não foi votado pelo Senado. O Go-verno Temer tentou, no ano passado, seguir com o pro-cesso, mas foi impedido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que questio-nou a legalidade do leilão antes da aprovação da lei e do acordo com a Petrobras.

 

Monitor Mercantil///