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Onyx usou verba pública para voos durante campanha de Bolsonaro

Depois do caso do caixa 2, que ele próprio admitiu ter recebido e dito que se acertara com Deus, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, é alvo agora de uma nova denúncia: utilizar verbas públicas, reembolsadas pela Câmara dos Deputados, para pagar passagens aéreas suas e de assessores para eventos de campanha de Jair Bolsonaro; segundo reportagem da Folha, registros da Câmara somam mais de 70 bilhetes cuja origem ou destino são aeroportos do Rio e São Paulo, totalizando R$ 100 mil; futuro governo, e especialmente Onyx, usam com frequência o discurso do corte de gastos públicos

247 – O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, utilizou verbas públicas, reembolsadas pela Câmara dos Deputados, para pagar passagens aéreas suas e de assessores para eventos de campanha de Jair Bolsonaro ou para cidades onde estaria o então candidato do PSL, hoje presidente eleito.

Segundo reportagem de Ranier Bragon e Camila Mattoso, publicada pela Folha na noite deste domingo 30, registros da Câmara somam mais de 70 bilhetes cuja origem ou destino são aeroportos do Rio e São Paulo, totalizando R$ 100 mil. A matéria dá diversos exemplos de datas de bilhetes aéreos e participação do deputado em ato vinculado à campanha, como o dia em que Bolsonaro recebeu uma facada em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro, quando Onyx decolou do aeroporto Presidente Itamar Franco, o mais próximo da cidade mineira.

"As regras da cota de atividade parlamentar — verba que congressistas têm para atividades do dia a dia — não permitem o uso para fins eleitorais", lembra a Folha. O futuro governo, e especialmente Onyx, usam com frequência o discurso do corte de gastos públicos. Recentemente, o futuro ministro chegou a dizer que abriria mão de seu cartão corporativo e declarou não ter utilizado avião da FAB desde que foi nomeado ministro da transição, algo que seria permitido para o cargo.

Onyx já admitiu ter recebido dinheiro de caixa 2 da JBS para sua campanha, episódio pelo qual virou alvo de processo no Supremo Tribunal Federal em dezembro deste ano. "O mais importante é me resolver com Deus", disse recentemente, sobre o caso.