"Nós temos que enfrentar privilégios. O que não pode é ter 6 milhões de famílias sem casa e juiz, promotor e deputado ganhando R$ 4 mil por mês de auxílio-moradia", afirmou o presidenciável do Psol; "O que não pode, hoje, é quem tem carro pagar IPVA, para manter a máquina pública, e quem tem jatinho, helicóptero não pagar um real de imposto"
4 DE SETEMBRO DE 2018 ÀS 10:49 //
247 – O presidenciável Guilherme Boulos (Psol) usou sua conta no Twitter para reforçar que pretende cortar privilégios caso ele seja eleito para ocupar o Palácio do Planalto.
"Nós queremos chamar o povo a decidir, porque só assim nós podemos enfrentar privilégios, a esculhambação que é o sistema político brasileiro, que é a base do "toma lá da cá". Quem entra no governo troca apoio no Congresso por cargo", disse o candidato.
"O que não pode, hoje, é quem tem carro pagar IPVA, para manter a máquina pública, e quem tem jatinho, helicóptero não pagar um real de imposto. Nós vamos de enfrentar os privilegiados", continuo. "Nós temos que enfrentar privilégios. O que não pode é ter 6 milhões de famílias sem casa e juiz, promotor e deputado ganhando R$ 4 mil por mês de auxílio-moradia".
Os privilégios voltaram a ser alvos de uma enxurrada de críticas, após acordo entre Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal que reajusta em 6,38% os salários no Judiciário em 2019, aumentando o teto de R$ 33 mil para R$ 39 mil, em troca do fim do auxílio-moradia para a magistratura federal, no valor de R$ 4,7 mil.
Segundo cálculos de técnicos da Câmara dos Deputados, o reajuste poderá implicar em mais R$ 930 milhões somente com despesas decorrentes deste aumento, valor que pode chegar a R$ 1,1 bilhão levando em consideração os servidores do Executivo com rendimentos atrelados ao teto do Supremo. O aumento salarial pode gerar um efeito cascata, porque as remunerações da Corte servem de base para todo o Judiciário.
Nós queremos chamar o povo a decidir, porque só assim nós podemos enfrentar privilégios, a esculhambação que é o sistema político brasileiro, que é a base do "toma lá da cá". Quem entra no governo troca apoio no Congresso por cargo.