O PT (Partido dos Trabalhadores) utilizou sua conta no Twitter para comemorar o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (10), na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece como líder nas intenções de voto para primeiro e segundo turno das eleições para a Presidência.
“O Brasil já sabe que vai ser feliz de novo. Lula, além de ser líder isolado, vence em todos os cenários”, diz a publicação. O petista está preso há dois meses na sede da PF (Polícia Federal), em Curitiba (PR), e sua candidatura ainda depende do aval da Justiça.
Em linha com a comemoração do partido, a página oficial de Lula no Facebook fez uma menção de que o ex-presidente segue à frente nas pesquisas. No site oficial do petista, a equipe de Lula publicou um texto destacando os resultados do Datafolha. A publicação diz que “com 30%, Lula registra a preferência do eleitorado mesmo frente à perseguição que culminou em sua prisão política há dois meses”. O porcentual citado refere-se a um cenário de primeiro turno.
Nas simulações para um segundo turno, de acordo com o Datafolha, o petista aparece com 49% das intenções de voto contra o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e também contra o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Na disputa com Marina Silva (Rede), o ex-presidente ficaria com 46% e a ex-senadora com 31%.
A mais recente pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 6 (quarta-feira) e 7 (quinta-feira) deste mês, teve como base 2.824 entrevistas em 174 municípios em todos os Estados do País, mais Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob número BR-05110/2018.
Candidatos
Sob protestos da esquerda do partido, o comando do PT formalizou no sábado (09) a disposição de sacrificar suas candidaturas estaduais em troca do apoio do PSB e do PCdoB na corrida presidencial.
Por 19 votos contra cinco e uma abstenção, a Executiva Nacional do PT registrou em papel que “está clara a primazia do projeto nacional sobre as disputas regionais”. A resolução submete as candidaturas e alianças estaduais à prévia autorização da cúpula partidária. “Toda e qualquer definição de candidaturas e política de aliança nos estados terá que ser submetida antecipadamente à Comissão Executiva”, diz a nota.
Ex-ministro e chefe de gabinete da presidência do PT, Gilberto Carvalho afirma que “este é um sinal” para o PSB. Segundo petistas, seus termos forem discutidos com integrantes do PSB. Redigido após quatro horas de discussão, o texto sela um compromisso com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB): a candidatura da petista Marilia Arraes será abortada caso ele leve o PSB para o palanque do PT à Presidência.
A resolução determina como prioridade “construir uma coligação nacional para apoiar a candidatura Lula com PSB, PCdoB e outros partidos que venham a assumir este apoio”. O documento diz também que “essa construção passa pela indicação do candidato a vice-presidente em entendimento com os partidos aliados”.
Durante a reunião, o PT de Minas engrossou uma pressão para que Marilia admitisse desistir em favor de uma composição nacional com o PSB, na qual o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda pudesse ocupar a vice na chapa presidencial.( O Sul)
Da RBA
Pesquisa divulgada neste domingo (10) pelo Instituto Datafolha indica que a ampla maioria dos eleitores brasileiros quer votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. Realizada na semana passada, a consulta aponta que Lula tem 30% das intenções de voto e mostra que mais de um terço dos eleitores (34%) não sabem em quem votar caso sua candidatura seja impedida.
Condenado pela Justiça Federal de Curitiba, Lula está preso desde 8 de abril na capital paranaense.
O instituto mostra o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) em segundo lugar na preferência e primeiro colocado em uma eventual ausência de Lula na eleição. Ele tem 19% da preferência.
A ex-senadora Marina Silva (Rede) vem na sequência, com até 15% das intenções. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) oscila entre 10% e 11%. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) tem 7%. Ambos ficam tecnicamente empatados.
O Datafolha entrevistou 2.824 eleitores de 174 municípios na quarta-feira (6) e na quinta-feira (7). É a primeira pesquisa realizada após a paralisação dos caminhoneiros, que levou à queda do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e expôs a inabilidade do governo de Michel de Temer.