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A Petrobras eleva o preço da gasolina em 0,74% neste feriado

A Petrobras volta a aumentar o preço da gasolina, depois de cinco quedas consecutivas do valor do combustível. A partir de quinta-feira (31), o preço nas refinarias subirá 0,74% e passará a ser de R$ 1,9671 por litro. Em maio, o preço do combustível nas refinarias da Petrobras acumula alta de 9,42%, já que em 28 de abril o litro custava R$ 1,7977. Congelado por 60 dias, o preço médio nacional do litro do diesel A permanece em R$ 2,1016.

A política de preços da estatal, desenhada em julho de 2016, prevê mudanças até diárias das cotações, em um momento em que a companhia tem prometido praticar preços alinhados ao mercado internacional e ao mesmo tempo se esforça para evitar perda de participação no mercado doméstico de combustíveis.

Em meio a greve de caminhoneiros e críticas de parte do governo a política de preços, o Palácio do Planalto divulgou nota nesta quarta-feira (30), reiterando que o governo vai preservar a política de preços da Petrobras.

“O governo do presidente Michel Temer tem compromisso com a saúde financeira da Petrobras, empresa que foi recuperada de grave crise nos últimos dois anos pela gestão Pedro Parente. As medidas anunciadas pelo governo para garantir a previsibilidade do preço do óleo diesel, que teve seu valor reduzido ao consumidor, preservaram, como continuaremos a preservar, a política de preços da Petrobras”, diz o texto.

Sobe e desce

A Petrobras repassa a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Desde que alterou sua política de preços, em julho do ano passado, a estatal passou a promover reajustes quase diários dos combustíveis.

A companhia refuta que seja responsável pela alta de preços ao consumidor e diz que o valor cobrado pela empresa corresponde a cerca de um terço dos preços praticados nas bombas. Maior parte do valor cobrado pelo consumidor final engloba principalmente tributos, estaduais e municipais, além da margem de lucro para distribuidoras e revendedores.

Segundo a estatal, as revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Mas os donos de postos também apoiam a reivindicação dos caminhoneiros, pois dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços.

Greve

A Petrobras enviou equipes de contingência para render os petroleiros que aderiram à greve de advertência iniciada nesta quarta-feira. De acordo com o diretor de comunicação do Sindipetro Norte-Fluminense, Francisco José de Oliveira, a orientação é entregar a produção e as operações para as equipes enviadas pela estatal.

“Nossa greve é só de advertência, no dia 12 vamos decidir a greve por tempo indeterminado que deve começar no final do mês”, informou o diretor. Além das plataformas da bacia de Campos, o Sindipetro-NF engloba os trabalhadores do terminal de Cabiúnas, que recebe petróleo e gás natural, processa e envia para as refinarias.

Segundo Oliveira, o Sindipetro-NF não foi notificado oficialmente sobre a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que na noite de terça-feira decidiu que a greve dos petroleiros é ilegal. Das 45 plataformas instaladas na bacia de Campos, 34 teriam aderido à greve, segundo a assessoria do sindicato, mas nem todas transferiram a operação para as equipes da Petrobras. Um balanço sobre o movimento deverá ser divulgado por volta das 10h.

Procurada, a estatal não soube informar como estava o movimento grevista. Mais cedo, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), que reúne 14 sindicatos, havia informado que a greve atingiu as refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX). Também não houve troca dos turnos nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR), informou a FUP em seu site.

 

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