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Entidades que representam os caminhoneiros autônomos se dizem satisfeitas com as novas medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer para encerrar a greve da categoria

A greve dos caminhoneiros começou no dia 21 em todo o País. (Foto: Divulgação)

Representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas para a categoria anunciadas no domingo (27) pelo presidente Michel Temer. Com a nova proposta, detalhada por Temer durante pronunciamento, o governo espera encerrar a greve dos caminhoneiros, que chegou ao oitavo dia nesta segunda-feira (28).

Entre as medidas, está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. A redução no preço do diesel custará ao governo cerca de R$ 9,5 bilhões.

No pacote, estava prevista a edição de três MPs (medidas provisórias) para atender à demanda dos caminhoneiros. As MPs saíram em edição extra do Diário Oficial da União publicada no fim da noite de domingo. Durante o pronunciamento de Temer, foram registrados panelaços no Distrito Federal e em Estados como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. 

“Saiu no Diário Oficial, a nossa recomendação é que aceitem [as propostas e liberem as estradas]”, afirmou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí, Carlos Alberto Litti Dahmer. “Eles [caminhoneiros] só vão aceitar [o acordo proposto pelo governo] após saírem publicadas no Diário Oficial as medidas que foram negociadas aqui”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José da Fonseca Lopes, uma das entidades que não tinham assinado o acordo na quinta-feira (24).

O grupo não tinha assinado o acordo proposto pelo governo na quinta por entender que ele não atendia às suas reivindicações. Diante da manutenção da greve pelos caminhoneiros, as entidades foram chamadas de volta a Brasília no domingo para negociar a nova proposta. De acordo com elas, com as estradas desobstruídas, serão necessários de oito a 10 dias para normalizar o abastecimento de combustível e alimentos no País.

“Daquilo que se propunha, o nosso movimento está contemplado. Nós queríamos piso mínimo de frete, suspensão no preço do combustível do PIS-Cofins, que está contemplado, queríamos a suspensão por 60 dias de novos reajustes para ter previsibilidade e o setor se organizar. Está contemplado”, afirmou Dahmer.

Para ele, uma das principais conquistas para a categoria será a fixação de um valor mínimo para o frete. “Essa política de preço vai fazer com que a gente saiba a quanto está trabalhando e ninguém vai poder nos explorar menos do que aquele valor, que será o nosso custo”, disse.

O presidente informou que o corte de R$ 0,46 no diesel se dará com a redução a zero das alíquotas do PIS-Cofins e da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel. A proposta anterior, divulgada na quinta, já contemplava o corte na Cide. A novidade, portanto, é a suspensão da cobrança do PIS-Cofins sobre o diesel.

 

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