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Barbosa abandona mercado e diz ser contra posições ultraliberais

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e pré-candidato à presidência da república pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Joaquim Barbosa, disse ser "contra posições ultraliberais num país social e estruturalmente tão frágil quanto o Brasil"; Barbosa diz que o Brasil tem "desigualdades profundas e historicamente enraizadas"; esse discurso se choca, a princípio, com as pretensões do mercado em ter Barbosa como seu candidato; admirador ao mesmo tempo do liberal cientista político Francis Fukuyama e do economista francês Thomas Piketti, Barbosa tenta formular um perfil ideológico para que suas pretensões presidenciais não caiam na deriva judicialista

 

26 DE ABRIL DE 2018 ÀS 06:04 //

 

247 – O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e pré-candidato à presidência da república pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Joaquim Barbosa, disse ser "contra posições ultraliberais num país social e estruturalmente tão frágil quanto o Brasil". Barbosa diz que o Brasil tem "desigualdades profundas e historicamente enraizadas". Esse discurso se choca, a princípio, com as pretensões do mercado em ter Barbosa como seu candidato. Admirador ao mesmo tempo do liberal cientista político Francis Fukuyama e do economista francês Thomas Piketti, Barbosa tenta formular um perfil ideológico para que suas pretensões presidenciais não caiam na deriva judicialista.

"A decisão sobre uma candidatura presidencial ainda é um dilema pessoal para o ex-ministro. Após deixar o Supremo, ele passou a atuar como advogado focado na elaboração de pareceres jurídicos. A experiência na mais alta Corte do País e o notável currículo acadêmico lhe garantem alto rendimento financeiro. A opção pela política teria impacto na vida de familiares".

“Não sou favorável a posições ultraliberais num país social e estruturalmente tão frágil e desequilibrado como o Brasil, com desigualdades profundas e historicamente enraizadas”, afirmou Barbosa ao Estado. “Basta um rápido olhar para o chamado Brasil profundo ou para a periferia das nossas grandes metrópoles para se convencer da inadequação à nossa ‘engenharia social’ dessas soluções meramente livrescas, puramente especulativas. Evidentemente, elas não são solução para a grande miserabilidade que é a nossa marca de origem e que nós, aparentemente, insistimos em ignorar.”

+++ PSB já vê consenso para candidatura de Joaquim Barbosa

O interesse pelo pensamento de Barbosa invadiu os círculos do mundo político e econômico após ele se filiar ao PSB no início do mês e aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto. A avaliação corrente é de que o ex-ministro do Supremo tem alto potencial eleitoral, porque teria capacidade de arregimentar votos em diferentes polos ideológicos.

No Supremo, Barbosa foi o relator do  mensalão federal, que resultou, em 2012, na condenação e prisão de integrantes da antiga cúpula do PT. Após se aposentar, em 2014, ele se tornou um crítico do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. O ex-ministro tem evitado se manifestar sobre a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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