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Pré-candidatos à Presidência da República discordaram ao avaliar a declaração do comandante do Exército sobre a situação do País

Mensagem foi postada pelo general Villas Boas na terça-feira. (Foto: Reprodução)

Ao longo dessa quarta-feira, alguns dos pré-candidatos à Presidência da República repercutiram a declaração polêmica sobre o contexto institucional do País, feita na noite anterior pelo general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército. E as avaliações foram divergentes.

Enquanto o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defenderam o posicionamento do militar, candidatos de esquerda como Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL) criticaram a publicação.

Já Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) não condenaram frontalmente a declaração, mas reforçaram a importância de que haja respeito à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que também pretende concorrer ao Palácio do Planalto.

A mensagem que motivou as manifestações foi postada pelo general em sua conta no Twitter, com duas afirmações. Além de afirmar que o Exército compartilha do que Villas Boas considera um “anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade”, ele frisou que a instituição continuará “atenta às suas missões institucionais”.

A frase causou polêmica nas redes sociais e foi criticada até mesmo pela Anistia Internacional. Até a tarde dessa quarta-feira, a publicação tinha mais de 18 mil compartilhamentos e 10 mil respostas.

Bolsonaro

Na mesma rede social, o deputado federal e ex-militar Jair Bolsonaro declarou apoio a Villas Boas. “O partido do Exército é o Brasil”, escreveu o parlamentar, que completou: “Homens e mulheres, de verde, servem à Pátria. Seu Comandante é um Soldado a serviço da Democracia e da Liberdade. Assim foi no passado e sempre será. Com orgulho: Estamos juntos, General Villas Boas.

Álvaro

Outro que concordou com a declaração do oficial foi o senador Álvaro Dias (Podemos) concordou com a declaração do militar. Para ele, o general colocou o Exército como um representante da opinião pública: “O general Villas Boas coloca o Exército brasileiro em sintonia com o desejo do nosso povo de ver nascer uma nova Justiça, onde todos serão iguais perante a lei”.

Alckmin

Durante a inauguração de uma estação de metrô, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as declarações de Villas Boas expressam um sentimento existente na sociedade: o repúdio à impunidade. O tucano, porém, não chegou a endossar as declarações do general.

“Ele é um cidadão e expressou esse sentimento”, opinou Alckmin. Questionado se, caso fosse presidente, aceitaria uma declaração do comandante do Exército no mesmo sentido, preferiu não comentar: “Não vou analisar hipóteses’”.

Boulos

Para Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), a publicação do comandante do Exército deve ser condenada: “A declaração do General Villas Boas é grave e expressa crise institucional. Seguimos esperando posição da presidente do Supremo, dos presidentes das Casas Legislativas e de Temer. Até aqui, um silêncio covarde”.

Manuela

Manuela D’Ávila, do PCdoB, também denunciou a frase. A deputada estadual afirmou que o momento é de se fazer respeitar o Estado Democrático de Direito e a Constituição. “A saída pra crise passam por mais democracia: eleições diretas, respeito ao voto popular e às liberdades democráticas”, propôs.

Marina

Nas redes sociais, a ex-ministra Marina Silva (Rede) afirmou que a manifestação do comandante do Exército “pode levar a interpretações inadequadas” em razão do cargo que ocupa e do momento em que foi enviado, às vésperas da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o habeas corpus que pode evitar que o ex-presidente Lula seja preso.

“Reitero o meu compromisso em defesa da liberdade e da democracia. Nenhum perigo real ou imaginado pode justificar que isso seja roubado dos brasileiros”, postou. “A manifestação do comandante geral do exército, às vésperas da decisão do STF, pela investidura do cargo que ocupa, pode levar a interpretações inadequadas para o bom funcionamento da democracia e das instituições.”

Ciro Gomes
Pré-candidato do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes disse ter convicção de que o Exército, na figura do seu comandante, respeitará a decisão do Supremo Tribunal Federal:”O respeito à Constituição brasileira é fundamental se desejarmos manter a civilidade, recuperar a democracia e garantirmos a paz”.

 

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