"A Rússia está fadada ao sucesso. Devemos manter a unidade", disse Putin perante milhares de pessoas reunidas na praça Manezh, apesar dos 12 graus negativos marcados pelos termômetros
18 DE MARÇO DE
Putin, de 65 anos, agradeceu às dezenas de milhões de pessoas que votaram nele e lhe permitiram ser reeleito para outro mandato de seis anos.
"Muito obrigado pelo apoio. Muito obrigado pelo resultado. Vocês são nossa equipe e eu sou membro da equipe de vocês e todos os que votaram hoje formam nosso grande time nacional", destacou.
Segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC), Putin obteve mais de 75,01% dos votos, após a apuração de 50% dos votos emitidos.
Putin interpretou esses resultados como "o reconhecimento de tudo o que foi realizado durante os últimos anos em condições muito difíceis" e "da confiança e da esperança" no futuro.
"O êxito nos espera. É muito importante atrair para o nosso lado aqueles que podem ter votado em outros candidatos. Necessitamos dessa unidade para avançar. E para avançar devemos sentir o ombro de cada cidadão deste país", comentou.
De acordo com a CEC, em segundo lugar aparece o candidato comunista, o milionário Pavel Grudinin, com 13,39%, muito à frente do líder ultranacionalista Vladímir Khirinovski, na terceira posição com 6,34%.
Em quarto lugar aparecia a única mulher candidata, a jornalista Ksenia Sobchak, com 1,42%, enquanto os outros quatro candidatos não conseguiram sequer 1%.
O apoio ao presidente russo foi ainda maior em lugares como a Crimeia, onde, com 21% da apuração concluída, teria recebido 91,69% dos votos.
Na península anexada há exatamente quatro anos, seus habitantes participaram hoje pela primeira vez de eleições presidenciais e 1,5 milhão de eleitores teria dado apenas 2,23% dos votos a Grudinin.
Putin também obteve cifras estratosféricas de apoio na república caucasiana da Chechênia, 93%, e na do Tartaristão, mais de 97%, segundo a CEC.
Em Moscou e em São Petersburgo, as duas principais cidades do país e redutos da oposição extraparlamentar, Putin atingiu um apoio muito mais amplo do que o esperado, superior a 70%.
A presidenta da CEC, Ella Panfilova, assegurou que estas foram "eleições transparentes", enquanto a defensora pública, Tatiana Moskalkova, rejeitou que tivesse havido denúncias de irregularidades em massa.
No entanto, o opositor Alexei Navalny, que estava inabilitado para concorrer às eleições, denunciou algumas irregularidades na jornada eleitoral.
No mesmo sentido, o candidato Grudinin qualificou estas eleições como "as mais sujas que aconteceram no período pós-soviético".