O ex-ministro e pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, que o governo federal tem uma agenda voltada para beneficiar o baronato nacional e internacional. Foi como concluiu a resposta quando perguntado sobre o projeto de reforma previdenciária enviada ao Congresso.
"Ele [o governo] não estuou o assunto, não consultou ninguém e está tirando, de forma absolutamente perversa, no lugar errado, na medida em que 2% dos beneficiários da Previdência levam quase um quarto de todo o dinheiro, e nisso não mexem." Ele afirma que no projeto há "imperfeições grosseiras de quem de fato não tem o menor compromisso com nada sério".
Em meio à crítica, o pedetista declarou que governo tem um vício de origem. "Ele não está aí autorizado por ninguém, senão por uma maioria de marginais que tomou a maioria do processo político brasileiro praticando um golpe de Estado", disparou em entrevista coletiva após dar uma palestra a técnicos agrícolas na Emater.
Trabalho
A reforma trabalhista, que começa a valer no próximo dia 11, o ex-ministro classificou como um desastre. "O Brasil vai começar a assistir coisas que desde o século 19 foram banidas do ordenamento jurídico brasileiro e internacional. Um trabalhador, pelo mesmo tipo de trabalho, pela mesma jornada de trabalho, vai passar a ganhar talvez até metade do que ganha um que está regularmente empregado do outro que vai ser terceirizado", exemplificou.
"E acontecerá milhões de ações trabalhistas que vão infernizar a Justiça do Trabalho, que, por sua vez, começará a negar vigência a vário desses itens, que são flagrantemente inconstitucionais", completou.
Agência Estado/dom total///
