O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o presidente Michel Temer, Eliseu Padilha (ministro-chefe da Casa Civil), e Moreira Franco (ministro da Secretaria Geral da Presidência) sejam incluídos em inquérito – conhecido como “quadrilhão” – que investiga formação de quadrilha no PMDB, no âmbito da Lava Jato. O pedido, que atende a uma recomendação da Polícia Federal, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal na tarde de quarta-feira (2), enquanto líderes partidários encaminhavam, na Câmara, os votos sobre a admissibilidade da denúncia contra Temer. A solicitação será avaliada pelo ministro Edson Fachin, que é relator da operação no STF.
“Não se trata aqui de uma nova investigação contra o presidente da República, mas de uma readequação daquela já autorizada no que concerne ao crime de organização criminosa”, escreveu o procurador no pedido – isto é, trata-se de um desdobramento do que já era investigado a partir da delação da JBS. Padilha e Moreira Franco, por outro lado, não eram investigados nesse inquérito, que engloba membros do PMDB.
O inquérito investiga 15 pessoas, sobretudo deputados ou ex-deputados peemedebistas. São eles Aníbal Gomes (CE), Manoel Júnior (PB), André Moura (PSC-SE) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP); os ex-deputados Alexandre Santos (RJ), Carlos Willian (MG), Eduardo Cunha (RJ), Henrique Alves (RN), João Magalhães (MG), Nelson Bornier (RJ) e Solange Almeida (RJ); além do banqueiro André Esteves; do lobista Fernando Baiano; e de Lúcio Bolonha Funaro.
