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Aos 78 anos, morre em Porto Alegre o jornalista Paulo Sant’Ana

O jornalista Paulo Sant’Ana, 78 anos, morreu por volta das 22h dessa quarta-feira, vítima de uma parada cardíaca, na UTI do hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Informações extraoficiais dão conta de que ele havia sido internado pela manhã, com um quadro de insuficiência respiratória e infecção generalizada. Além do histórico de câncer de rinolaringe, em agosto de 2015 ele havia sido submetido a uma cirurgia de próstata.

O velório começa às 8h30min desta quinta-feira, na Arena do Grêmio, time do qual Sant’Ana era um dos mais famosos torcedores. Já o sepultamento está marcado para 17h no Cemitério João XXIII, localizado na avenida Natal, 60, no bairro Medianeira.

A notícia ganhou destaque no site do clube: “O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense lamenta com enorme pesar o falecimento do cronista esportivo e gremista ilustre, Paulo Sant’Ana. Reconhecido como um dos torcedores mais fervorosos do Grêmio, ele esteve presente em momentos históricos como a conquista do primeiro título da Copa Libertadores da América e do Mundial, em 1983. Neste momento de dor, o Clube se solidariza com os seus familiares e amigos”.

Também por meio de sua página, o Inter registrou a sua homenagem ao homem-símbolo do arqui-rival: “Figura marcante da crônica gaúcha, ele sempre demonstrou respeito ao Clube do Povo, alimentando uma rivalidade saudável no futebol do Rio Grande do Sul. Os seus textos e comentários perspicazes, a sua personalidade forte e o humor inteligente farão falta na imprensa. O Internacional se solidariza com a família e os admiradores de Paulo Sant’Ana”.

Trajetória

Nascido Francisco Paulo Sant’Ana em 15 de junho de 1939 na capital gaúcha, ele era formado em Direito atuou como feirante, inspetor de polícia e vereador da Arena. Mas foi na década de 1970 que ele se tornou uma das personalidades mais populares da cidade, como cronista esportivo da Rádio Gaúcha, jornal Zero Hora e TV Gaúcha (depois RBS TV). Casado duas vezes, Sant’Ana deixa a viúva, quatro filhos e três netos.

Dentre as suas marcas pessoais estavam o inseparável cigarro (tema de muitas de suas crônicas), o qual definia como “um maldito vício em minha vida”, e o fato de ser um dos poucos profissionais da imprensa do Rio Grande do Sul a assumir publicamente a sua paixão clubística. No carnaval de 1993, ele foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos da Orgia com o enredo O Menestrel da Cultura Popular.