Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Pimenta: manter sigilo em delações pode agravar crise institucional

 

 
 
 
 
 
 
 
 

 

"É preciso que ela torne públicas as 77 delações. Se isso não ocorrer, ocorrerá um fato inusitado. Conselheiros do Tribunal de Contas, citados nas delações, continuarão julgando como se nada tivesse acontecendo, ministros das altas cortes, eventualmente delatados, continuarão julgando, como se não tivessem impedidos, parlamentares integrantes do núcleo duro do governo Temer, ministro de Estado, continuarão agindo como se não fosse parte desta investigação", afirma o deputado Paulo Pimenta sobre a decisão da ministra Cármen Lúcia de manter sigilo das delações da Odebrecht

30 DE JANEIRO DE 2017 ÀS 10:50 //

Rio Grande do Sul 247 – O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse que a decisão de impor sigilo nas delações dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, homologadas nesta segunda-feira, 30, pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, vai "agravar a crise institucional do País".

"É preciso que ela torne públicas as 77 delações. Se isso não ocorrer, ocorrerá um fato inusitado. Conselheiros do Tribunal de Contas, citados nas delações, continuarão julgando como se nada tivesse acontecendo, ministros das altas cortes, eventualmente delatados, continuarão julgando, como se não tivessem impedidos, parlamentares integrantes do núcleo duro do governo Temer, ministro de Estado, continuarão agindo como se não fosse parte desta investigação", afirma. 

Segundo Pimenta, só uma maneira da sociedade ter a certeza de que este processo será conduzido com isenção pelo Ministério Público Federal, é retirando o sigilo das delações. 

As delações da Odebrecht servirão para comprovar que o golpe nada mais foi do que uma reação de políticos corruptos contra uma presidente honesta, Dilma Rousseff, que não conteve a Lava Jato. Será possível confirmar, por exemplo, que Michel Temer pediu e recebeu R$ 10 milhões do departamento de propinas da Odebrecht (leia aqui), que José Serra recebeu R$ 23 milhões desse mesmo departamento numa conta suíça (leia aqui) e que o senador Aécio Neves tinha despesas pessoas pagas pela empreiteira, por meio de seu marqueteiro (leia aqui).

Agora, caberá ao procurador-geral, Rodrigo Janot, pedir investigações contra políticos com foro privilegiado.