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“Banrisul pode entrar no acordo”, diz Meirelles

Ministro admitiu que uso do banco como garantia para empréstimo está “sob análise”

 

Ministro Meirelles admitiu que Banrisul pode entrar em acordo para empréstimo | Foto: Gustavo Raniere / Ministério da Fazenda / Divulgação / CP

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta quinta-feira, segundo o jornal Valor Econômico, que as conversas sobre a negociação de um ajuste fiscal com o Rio Grande do Sul, que terão sequência na semana que vem, incluirão eventual privatização do Banrisul. Ele salientou que, no entanto, esta hipótese ainda está “sob análise”.

 

Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), afirmou que a decisão sobre o que o RS dará como garantias para fechar o acordo com a União é do governador José Ivo Sartori. “Quem vai escolher (o que vender) é o RS”, tergiversou. Ele também evitou atribuir valor à CRM, Sulgás e CEEE, colocadas pelo RS como bens negociáveis. “É um problema do Estado”, completou.

 

 

“É o mesmo desenho do Rio de Janeiro. A União não colocará um centavo. São empréstimos bancários, que terão o patrimônio estadual como garantia. A União será o avalista da operação bancária”, disse, destacando que o Estado deverá oferecer bens – integrantes do patrimônio público – na proporção do valor que deseja tomar como empréstimo federal.

 

Padilha revelou que a oferta de dinheiro será de cerca de 70% do valor estimado dos bens estaduais a serem privatizados. Ele negou, no entanto, que tenha ocorrido, nas reuniões entre o governador e o ministro da Fazenda, pedido de que o Banrisul entre como contrapartida na oferta do empréstimo. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB), também declarou que a possibilidade de o Banrisul entrar em negociação para recuperação fiscal do Estado “é zero”.

 

Na operação em negociação com a União, um banco federal emprestará dinheiro ao RS, que oferecerá patrimônio como garantia de pagamento para que a União seja avalista da tomada de recursos. A dívida do Estado ficaria suspensa por 36 meses, mas não deixaria de existir. Depois do recurso utilizado pelo Estado e da privatização do bem dado como garantia, o pagamento da dívida deverá ser retomado e o Estado ficará sem o patrimônio liquidado dado como contrapartida do empréstimo.