Michel Temer garantiu, neste domingo, que Eliseu Padilha será mantido na Casa Civil e repetiu a tese de que conflitos administrativos devem ser resolvidos pela AGU, quando não havia conflito algum, mas apenas um ministro corrupto (Geddel Vieira Lima) tentando obrigar um ministro honesto (Marcelo Calero) a praticar um ato de corrupção; ou seja, se Padilha pressionou Calero, também cometeu crime e deveria sair
27 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 16:10 //
247 – O presidente Michel Temer (PMDB) mostrou, neste domingo, que seu governo está sem rumo e disposto a atropelar até mesmo a lei na tentativa de salvar aliados em meio ao maior escândalo desta gestão presidencial. Em entrevista no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que não vai afastar o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, devido à conversa com o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
"O que o ministro Eliseu Padilha fez foi o que eu, de alguma maneira, disse. Ele sugeriu o que a lei determina e mandou ouvir a AGU", tentou justificar Temer. O presidente tenta criar um subterfúgio para mascarar o conflito administrativo criado por seus ministros. Em depoimento à Polícia Federal, Calero acusou Padilha de tê-lo pressionado a viabilizar empreendimento imobiliário no qual o ex-ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, tinha um apartamento.
De acordo com o presidente, Padilha sugeriu ao então ministro Calero que levasse o episódio para ser analisado pela AGU (Advocacia-Geral da União), já que havia um conflito técnico entre dois órgãos governamentais.