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GEDDEL manteve o cargo, mas perdeu a cobertura

Truculência do ministro Geddel Vieira Lima, que tentou obrigar o ex-ministro Marcelo Calero a liberar uma obra irregular na Bahia, onde ele tem um imóvel de R$ 2,4 milhões, foi perdoada por Michel Temer; no entanto, embora tenha mantido o cargo, ainda que provisoriamente, Geddel perdeu seu imóvel; depois dessa polêmica, será praticamente impossível liberar a obra que agride o patrimônio histórico de Salvador; Roberto Freire, sucessor de Calero, já disse que não mudará o parecer do Iphan; além disso, o único argumento de defesa de Geddel é o de que sua posição (num assunto que não lhe diz respeito dentro do governo) não prevaleceu; ou seja: a truculência de Geddel implodiu de vez a torre La Vue

22 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 13:48 // 

Bahia 247 – A intromissão do ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Geddel Vieira Lima, numa área completamente fora de sua competência não apenas lhe fez perder seu apartamento de R$ 2,4 milhões no condomínio La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador, mas também causará a inevitável modificação drástica no projeto original do empreendimento, que era de ter 100 metros de altura (aproximadamente 32 andares).

O novo ministro da Cultura, Roberto Freire, já avisou que não vai questionar o parecer do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A edificação que desrespeita o patrimônio histórico da Bahia, pelo fato de o empreendimento estar numa área tombada.

Na queda de braço entre Geddel e seu próprio orgulho (ao não pedir demissão do cargo), o peemedebista consegue pelo menos por ora se manter no governo, mas causará danos financeiros a ele mesmo e aos donos do ‘monstrengo da Ladeira da Barra’, como o prédio foi apelidado por vereadores e arquitetos de Salvador.

A autorização que a superintendência do Iphan na Bahia deu para construção do condomínio foi baseada em um estudo interno e sem valor legal. Documento que liberou a obra foi assinado por um profissional sem qualificação para julgar o impacto paisagístico em uma área de bens tombados como a que está inserido o espigão e contrariou estudos técnicos anteriores, que indicavam a necessidade de proteção da região em que está inserido.